A CPI que investiga as suspeitas de desvios no Pronto Socorro de Pelotas teve nesta terça-feira (26) sua primeira reunião de trabalho, quando foram definidos os primeiros passos da investigação. A pedido do relator Jurandir Silva (PSOL), as primeiras pessoas que serão convidadas a depor na CPI são a secretária de Saúde do Município, Roberta Paganini, e o diretor geral do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP), Márcio Slaviero.

Jurandir também solicitou cópia de todos os contratos firmados pelo PS, prestações de contas e comprovantes e todos os documentos envolvendo a compra de insumos. O vereador também pediu as cópias de todas as portarias de nomeações e exonerações do período e o extrato de movimentação de contas do hospital.

Foi Slaviero quem identificou o pagamento de notas em duplicidade a uma empresa que presta serviços ao PS e apresentou a situação ao Executivo. Parte do Pronto Socorro, que inclui a contratação de funcionários, é gerida pelo HUSFP. Ele e a secretária Roberta serão ouvidos na condição de testemunhas. "São testemunhas fundamentais, é onde cronologicamente começa o conhecimento público deste episódio", apontou Jurandir.

Rafael Amaral (PP), presidente da CPI, defendeu que as oitivas sejam realizadas de comum acordo com as testemunhas e investigados através de convites e, quando o convite não for aceito, partir para a convocação que obriga a presença de quem a Câmara deseja ouvir. O depoimento da secretária Roberta deve acontecer na próxima quarta-feira, à noite. O depoimento de Slaviero ainda não tem uma data marcada.

O presidente da CPI afirmou também que irá buscar apoio do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para que se tenha uma auditoria externa acompanhando as investigações e as provas coletadas ao longo dos trabalhos da comissão.

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