Dezembro laranja

O mês dedicado aos cuidados com a pele

Especialistas alertam para o desafio do monitoramento do câncer de pele nos idosos

Foto: Divulgação - DP - Na terceira idade algumas doenças podem ter sua incidência aumentada e as de pele estão entre elas

Por Joana Bendjoya 

O câncer de pele, o tipo mais frequente no Brasil, está cada vez mais atingindo os idosos sem que esse público dê a real importância para este problema ou tenha conhecimento dos sintomas. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele é uma das condições que costumam atingir mais os idosos, principalmente os de pele clara. Por esse motivo, com a chegada do envelhecimento é importante que os cuidados sejam reforçados para evitar incidentes. A sociedade afirma que a exposição rotineira à radiação ultravioleta é necessária para a produção de vitamina D na pele, mas não deve ser feita de forma desprotegida, ou seja, sem o uso de protetor solar, principalmente no período de maior risco, que é entre 10h e 15h. A recomendação é sempre optar por produtos com FPS superiores a 30, assim como o uso de chapéus ou bonés, óculos de sol e roupas com proteção. 

O cirurgião geral Ronaldo Oliveira explica que o envelhecimento e a diminuição da capacidade de recuperação das células, fazem com que o corpo dos idosos seja mais suscetível a tumores. “Com o envelhecimento populacional e o avanço da medicina, há uma série de desafios e um deles são as neoplasias em geral, sendo a de pele a mais comum”, afirma. O especialista relata que é comum receber no consultório pacientes com idade avançada e que já apresentam vários tumores com mais tempo de evolução. “Eles vão dando prioridade para outras questões, doenças cardíacas, de próstata e vão deixando de lado o problema da pele por achar que este tipo de câncer não é nocivo o que não é verdade”, alerta Oliveira. Ele afirma que na faixa etária próxima dos 80 anos ou mais, devido à maioria dos pacientes necessitarem de auxílio para os cuidados pessoais e muitos não conseguem identificar as ​próprias lesões. O médico afirma que mesmo os que possuem cuidadores, não estão fora deste grupo de risco, pois muitos desses profissionais não têm treinamento para identificar lesões suspeitas. 

Um dos maiores vilões da causa desses tumores nessa idade, é o sol, fator que está diretamente relacionado ao acúmulo de exposição solar ao longo da vida, e desta forma afeta principalmente os idosos, que por consequência, na sua maioria já tiveram uma exposição prolongada. “Pacientes mais idosos são de uma época em que não havia protetor solar, que começou na década de 80. Antes disso, o que se usava era bronzeador. É uma geração que se expôs ao sol, muitas vezes pelo tipo de trabalho, sem preocupação com os danos”, destaca o cirurgião. Assim como a ocorrência em idosos, pacientes com menos de 30 anos também estão com mais diagnósticos de câncer de pele, o que pode estar relacionado ao aumento de atividades físicas ao ar livre sem a devida proteção. Para a oncologista Caroline Albuquerque, um dos fatores de risco para esse tipo de câncer é também a longevidade. “Quanto mais aumenta a idade, mais cresce a incidência”. Quando identificado precocemente, na maioria das ocorrências, como do melanoma, carcinoma basocelular, epidermóide, um tratamento local, como a remoção cirúrgica, é possível resolver e curar a lesão, quanto mais tardia a anteversão, a médica alerta que menores serão as chances de cura. “Casos mais avançados, que já são mais próprias lesões. O médico afirma que mesmo os que possuem cuidadores, não estão fora deste grupo de risco, pois muitos desses profissionais não têm treinamento para identificar lesões suspeitas. Um dos maiores vilões da causa desses tumores nessa idade, é o sol, fator que está diretamente relacionado ao acúmulo de exposição solar ao longo da vida, e desta forma afeta principalmente os idosos, que por consequência, na sua maioria já tiveram uma exposição prolongada. “Pacientes mais idosos são de uma época em que não havia protetor solar, que começou na década de 80. Antes disso, o que se usava era bronzeador. É uma geração que se expôs ao sol, muitas vezes pelo tipo de trabalho, sem preocupação com os danos”, destaca o cirurgião. Assim como a ocorrência em idosos, pacientes com menos de 30 anos também estão com mais diagnósticos de câncer de pele, o que pode estar relacionado ao aumento de atividades físicas ao ar livre sem a devida proteção. 

Para a oncologista Caroline Albuquerque, um dos fatores de risco para esse tipo de câncer é também a longevidade. “Quanto mais aumenta a idade, mais cresce a incidência”. Quando identificado precocemente, na maioria das ocorrências, como do melanoma, carcinoma basocelular, epidermóide, um tratamento local, como a remoção cirúrgica, é possível resolver e curar a lesão, quanto mais tardia a anteversão, a médica alerta que menores serão as chances de cura. “Casos mais avançados, que já são mais agressivos, precisam de uma terapia sistêmica. Por isso, é tão importante fazer a detecção precoce desses tumores, quanto antes descobrir, melhor”, complementa.

ATENÇÃO AOS SINAIS 

No entanto, a doença que pode surgir em qualquer parte do corpo, na forma de manchas, pintas ou sinais tem altos índices de cura se detectada precocemente. Caroline alerta que, ao primeiro indício de mudança nessas pintas ou  sangramento, é preciso consultar logo um especialista para descartar a possibilidade da doença. “Qualquer alteração na pele merece atenção e avaliação de um especialista, principalmente se for percebida a evolução e aumento desse sinal, pinta ou ferimento”. O diagnóstico é realizado através de exame clínico em consultório ou com o auxílio de exames complementares para a visualização das diferentes camadas da pele, além da realização de uma biópsia, em casos mais específicos onde essa recomendação se faz necessária.“Quando diagnosticada, para o tratamento efetivo, é muito importante que o especialista avalie o estágio da doença. Porém, na maioria dos casos, a cirurgia é suficiente”, explica a oncologista.


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