Falas

Vereador de Canguçu volta a ser acusado de racismo

Francisco Vilela escapou de cassação no ano passado, após fala repercutir nacionalmente

Divulgação - Vereador (E) já se envolveu em diversas polêmicas ao longo do mandato

O vereador Francisco Vilela (PL), de Canguçu, voltou a ser acusado de racismo após uma fala na sessão de segunda-feira (22) da Câmara de Vereadores. Em sua fala, Vilela, que estava presidindo a sessão, disse “com aquele dinheiro da Covid, essa negrada nos estados, deitaram e rolaram”, se referindo aos repasses feitos pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no período da pandemia.
A fala ocorreu durante a discussão de uma moção apresentada por Vilela em repúdio à proposta do governador Eduardo Leite (PSDB) de aumento da alíquota do ICMS de 17% para 19%. Em seu discurso, Vilela criticou a possibilidade de aumento de impostos e defendeu a gestão de Bolsonaro e criticou Lula (PT). “Quanta bobagem nós ouvimos desse senhor aí que tem menos dedo, falando asneira na televisão. Imagina se o Bolsonaro diz o que esse cara que tem pouco dedo diz, tava preso”, disse.

O trecho repercutiu nas redes sociais, onde pessoas apontaram o teor racista. “É notório que essa é a forma que o ilustre vereador costuma referir-se aos seus eleitores”, comentou uma usuária. A vereadora Iasmin Roloff (PT) diz analisar a possibilidade de apresentar um novo pedido de cassação do vereador. “O vereador Xico Vilela usou mais uma vez uma expressão racista na Câmara de Vereadores, e como ele já é reincidente e até hoje nunca deu nada, ele se sente muito à vontade para fazer esse tipo de coisa”, disse.

Outra acusação
Em junho do ano passado, uma fala de Vilela de teor racista e misógino repercutiu nacionalmente. Imaginando estar com o microfone desligado, ele teria se referido à servidora do Município Eliane Rusch como “negrinha p***, p*** que é um raio, a filha do Zeca”. Em sua defesa, o vereador alegou que não estava se referindo à Eliane, e sim a um vídeo pornográfico em seu celular.

O vereador foi alvo de um pedido de cassação que acabou rejeitado. À época, a votação foi de nove votos a favor da cassação e seis contrários - eram necessários dez votos. Além do processo de cassação em que foi absolvido, Vilela também foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de injúria racial, com pena prevista de dois a cinco anos de prisão. O caso tramita na Justiça.
Francisco Vilela foi procurado pela reportagem, mas não respondeu às mensagens.

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