Confusão

Transtornos em leitos de maternidade de Pelotas são apontados pelo Simers

No Município, somente o HE-UFPel e o Hospital São Francisco de Paula têm maternidade para atender a demanda local e de várias cidades da região

Foto: divulgação - Hospital Escola garante que questão é pontual, mas Simers considera transtorno recorrente e pede solução à Ebserh

O fechamento da maternidade do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel), na última terça-feira, e a transferência de pacientes gerou uma superlotação do Hospital Universitário São Francisco de Paula (Husfp). O caso foi apontado pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) como um problema que supostamente tem ocorrido periodicamente, impactando no atendimento adequado no Hospital Universitário. Em nota, o HE-UFPel afirma que a suspensão no acolhimento das grávidas teria sido uma situação pontual.

O diretor do Simers da região sul e coordenador da maternidade do HUSFP, Dr. Marcelo Sclowitz, relata que, apesar de a instituição ter 45 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), destes 31 na maternidade e 14 na casa da gestante, as transferências dos pacientes do Hospital Escola tem causado sobrecarga de trabalho. Ele diz que na quinta-feira, a maternidade do HE-UFPel teria permanecido fechada por três horas consecutivas e por 27 horas na última segunda-feira. “Toda semana tem fechamentos por algumas horas que já repercutem no trabalho do HU”.

O médico alega ainda que o problema é causado devido à falta de anestesistas no Hospital Escola para atender a demanda do bloco cirúrgico e da maternidade. “Esse fechamento da maternidade do HE tem acontecido com bastante frequência, normalmente quando entra uma cirurgia de urgência lá, eles acabam tendo que interromper o atendimento da maternidade porque tem só um anestesista para dar conta de tudo”. Como representante do Simers, Marcelo explica que a entidade tem se mobilizado para auxiliar na reposição de profissionais com o propósito de melhorar a logística de trabalho. “Fomos até Brasília na Ebserh na tentativa de auxiliar na solução. Pretendemos buscar auxílio no Ministério Público para que uma solução seja alcançada”.

Em nota, a administração do Hospital Universitário São Francisco de Paula confirma o caso de superlotação “em função do fechamento temporário da maternidade do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel) por dois dias, o atendimento na maternidade do Hospital Universitário São Francisco de Paula (Husfp) foi sobrecarregado por receber as gestantes que precisavam de internação”.

Ainda de acordo com a declaração, depois de alguns ajustes da equipe do Husfp, a superlotação teria sido controlada e seria a primeira vez neste ano que o episódio ocorreu. “Ainda trabalhamos com volume acentuado, mas não de superlotação desde às 12h de quinta-feira. Apesar do aumento da procura, a maternidade do Husfp funcionou no atendimento às gestantes acolhidas no setor. Esta é a primeira vez neste ano que ocorre esta situação na maternidade do hospital”.

Também em nota, o HE-UFPel declara que na terça-feira precisou encaminhar algumas pacientes gestantes para o atendimento no Husfp devido a alteração operacional no centro cirúrgico, por ocupação de sala de recuperação. “O atendimento está normalizado desde às 16h do dia de quarta-feira”. Conforme a declaração, a ocorrência não foi motivada por falta de anestesistas. ​

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