Polêmica

Cesinha acusa Márcio Santos de direcionar patrolamentos

Parlamentar disse que ele influenciou na escolha de locais que receberiam patrolamentos de equipes da Prefeitura

Foto: Fernanda Tarnac - Discussão ocorreu na sessão desta quinta

A CPI do Pronto Socorro não foi a única pauta polêmica da semana na Câmara de Vereadores. na sessão desta quinta-feira (11), o vereador César Brisolara, o Cesinha (PSB), acusou o vereador Márcio Santos (PSDB) de influenciar na escolha de locais que receberiam patrolamentos de equipes da Prefeitura.

Cesinha subiu à tribuna no período do grande expediente. "O vereador Márcio Santos não conhece a legislação, porque se ele conhecesse, não subiria nessa tribuna para falar de entrega de serviços. Desde quando vereador entrega serviço?", disse. A fala de Cesinha foi interrompida por Márcio Santos, que cobrou que Cesinha provasse o que falava. O parlamentar do PSB afirmou que os pedidos de patrolamento de Santos são atendidos porque o diretor de patrolamento da Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura (Ssui) é indicado por ele. Cesinha disse ainda que quando o serviço de patrolamento passava nos bairros, esse servidor, identificado como Pai Cleber de Xangô, deixava cartões oferecendo os próprios serviços como líder religioso e atribuindo o serviço urbano ao vereador Márcio.

Cesinha também disse que Santos procurou outros partidos durante a janela partidária para ver quem 'dava mais'. "Isso é leilão, ele deveria se envergonhar de subir aqui. O PSDB devia se envergonhar de ter o Márcio Santos no partido", disse.

Quase duas horas depois, o vereador Márcio Santos usou o tempo das comunicações de líder para se defender. Com uma pilha de papéis ao lado, ele disse que fez quase 10 mil pedidos de providências e que ele não tinha o poder de determinar onde é feito o patrolamento. Segundo o sistema da Câmara de Vereadores, no entanto, foram feitos 645 pedidos de providência desde o começo da legislatura, em 2021.

Márcio Santos foi vice-presidente da Câmara em 2023, quando Cesinha era presidente. "Vereador Cesinha, o senhor muito me disse isso, muito bateu nas minhas costas, que o que eu fazia na rua não tinha quem fizesse igual", disse, lembrando que no período que trabalhou no Executivo solucionou cinco pontos de alagamento no Areal.

Depois da réplica de Márcio Santos, Cesinha voltou à tribuna e mostrou as fotos dos cartões que seriam deixados nas ruas em que o patrolamento passava, dizendo que poderia ser enquadrado como abuso de poder econômico, prevaricação e improbidade administrativa.

Rafael Amaral (PP) cobrou que haja um encaminhamento diante da denúncia de Cesinha. "Eu vou te que pedir pra um pai de santo pra patrolar a rua do Simões Lopes, do final do Fragata? Isso é grave, tem que ter um encaminhamento urgente para isso", disse. O líder do governo, vereador Marcos Ferreira, o Marcola (UB), discursou dizendo que o governo "não irá tolerar fatos como esses denunciados" e que a Prefeitura iria tomar providências.

Exonerado
Via assessoria de imprensa, a Prefeitura respondeu que o diretor de patrolamento já vinha sendo alvo de reclamações sobre o trabalho e havia sido advertido pela secretária da Ssui, Lucia Amaro. Com as denúncias que vieram à tona, ele foi exonerado do cargo.

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