Um casal que aplicou diversos golpes em Pelotas foi preso preventivamente após investigação da 2ª Delegacia de Polícia Distrital. Os suspeitos causaram milhares de reais de prejuízo às vítimas enquanto realizavam a venda de lençóis por bairros da cidade. “Desde 2023 nós tínhamos percebido um grande crescimento no número de ocorrências com o mesmo modus operandi: um casal em um veículo branco chegava de porta em porta oferecendo um jogo de lençóis. Eles buscavam geralmente bairros mais afastados, onde há menos câmeras de segurança, para dificultar a investigação. O preço do conjunto de três peças girava em torno de R$ 100,00, mas quando as vítimas passavam o cartão, os criminosos realizavam movimentos para tirar atenção e com isso realizar inúmeras operações. Somente no caso que ensejou a preventiva, o prejuízo total foi de R$ 8.150,00”, afirmou o titular da 2ª DP, delegado César Nogueira.

Por causa dos diversos registros, policiais das 1ª e 2ª Delegacias de Pelotas trabalhavam na busca da identificação do casal criminoso. Com isso, no início de março os agentes conseguiram realizar a prisão em flagrante dos suspeitos. Na época eles causaram prejuízo de mais de R$ 15 mil a duas idosas.“O flagrante dos dois foi fundamental para a representação pela preventiva, já que até então só tínhamos características deles e dos carros, mas não a identificação completa. Uma das vítimas foi chamada até a Delegacia e reconheceu ambos sem sombra de dúvidas. O pedido de preventiva se deu, principalmente, para cessar a continuidade delitiva”, destacou a autoridade policial.

O delegado afirma que há muitas outras vítimas, mas que muitas delas ficam tão abaladas que não querem dar continuidade ao procedimento. Além de Pelotas, os suspeitos têm registros de ocorrências semelhantes em diversos outros municípios do Estado e, até mesmo, em Santa Catarina. O casal já está no sistema prisional, sendo que responderão à ação penal pelo crime de furto mediante fraude. O M.F.C., de 35 anos, está no Presídio Regional de Pelotas e  A.I., de 28 anos, na Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg).