Cidade

Cavalos soltos pela cidade assustam moradores pelo perigo de acidentes

A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) orienta que as solicitações de recolhimento sejam feitas pelo telefone (53) 99159-7253

Foto: Volmer Perez - DP - É comum encontrar cavalos andando soltos por Pelotas

De um mês para cá, moradores de regiões variadas da cidade vêm espalhando registros pelas redes sociais de equinos soltos circulando pelas ruas e avenidas de Pelotas. A cena assusta motoristas e pedestres que temem pelo risco da ocorrência de acidentes com esses animais. Por serem bichos de grande porte, o alerta de gravidade serve tanto para os equinos quanto também para as pessoas. Além disso, deixar animais soltos em espaço público se enquadra como uma irregularidade, respaldada pela Lei 1211/21.

Na última semana, a reportagem do DP se deslocou até as regiões onde o problema acontece com maior incidência. No bairro Fátima, não demorou muito tempo até aparecer o primeiro cavalo. Na rua Salvador Balreira, o animal se alimentava mansamente da grama que cobre o quintal externo de uma das residências. O vizinho da casa ao lado, Nei Barcelos, de 72 anos, relata que o encontro com os animais tem sido mais corriqueiro que o normal nos últimos tempos. “Aqui é cinco ou seis cavalos por dia. Eles fogem do campo. Isso é falta de cuidado, tem que fechar melhor o campo”, pressupõe o morador.

O campo ao que Nei se refere fica bem próximo dali, localizado na avenida Cidade de Rio Grande. Segundo o homem, os animais são encontrados pelas ruas porque se soltam facilmente das cordas amarradas pelos tutores. Além disso, os terrenos onde ficam os bichos são privados, mas não oferecem grandes obstáculos que impeçam sua passagem, pois não são cercados de maneira correta. “Eles não soltam os cavalos. Correm atrás para pegar depois, vem buscar à noite. Eles deveriam fechar melhor o piquete”, relatou. O idoso aproveita para comentar sobre o perigo dos animais desamarrados. “Esses dias um desses cavalos se assustou e saiu correndo, conforme ele passou a esquina, o carro cruzou e quase pegou no meio do cavalo”, narrou.


No Fragata
Do outro lado da cidade, alguns pontos do bairro Fragata também já foram palco para vídeos dos equinos cruzando as vias. Chegando ao local, dois cavalos estavam amarrados a postes de iluminação na a rotatória que liga a avenida Visconde da Graça e a rua Saturnino de Brito. Embora não estivessem soltos, o cenário confirma a presença dos animais na região. A funcionária de um pet shop perto dali, Maiara Abreu, de 35 anos, se incomoda com a situação. Maiara também é formada em medicina veterinária e especialista em equinos. “Desde a graduação eu já via esse problema, tanto do cavalo solto quanto da subnutrição, ou animal que não está em condições de saúde viável, que está sofrendo maus tratos. Eu acredito que o problema maior seja que o tutor desses animais não tem condições de dar uma alimentação adequada e acaba amarrando o cavalo perto da grama e ele pode vir a se soltar”, analisa.

A especialista aponta que o contato para solicitação de recolhimento do animal é muito importante, porém, de acordo com ela, a demora para a equipe de recolhimento chegar pode acabar frustrando as pessoas antes mesmo de ligar. “Porque não adianta a gente chamar, e simplesmente ficar ali esperando, esperando, esperando e não chega ninguém. Acho que as pessoas deixam de avisar - porque todo mundo nota um cavalo solto - pelo problema da demora até recolher esse animal da via e transportar para o local que deveria estar”, conclui.

Solicitação de retirada
O secretário de Desenvolvimento Rural, Romualdo Cunha Júnior, informa que o recolhimento de animais de grande porte em via pública é realizado pela Hospedaria de Grandes Animais, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). As divulgações e solicitações de recolhimento são feitas pelo telefone (53) 99159-7253. Nos próximos dias será lançado um site onde a solicitação poderá ser feita através dele.

O titular da pasta ainda registra que o recolhimento dos animais em perímetro urbano ocorre mediante especificidades da Lei Municipal 6.321 de 14 de janeiro de 2016, e após o recolhimento dos animais, o proprietário é identificado e autuado. Caso não seja encontrado, o animal é encaminhado à Hospedaria e após 30 dias ficam disponíveis para adoção.

Romualdo destaca que é de extrema importância a conscientização dos proprietários desses animais, visto que o animal apreendido gera despesa para o Município com tratamento e alimentação. ​

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Serviços privados de educação e saúde terão imposto reduzido em 60% Anterior

Serviços privados de educação e saúde terão imposto reduzido em 60%

Iluminação pública em led avança na zona rural Próximo

Iluminação pública em led avança na zona rural

Deixe seu comentário