Movimento
Assembleia de professores da UFPel consolida greve
Docentes criticam suposto assédio por parte de estudantes e da reitoria
Foto: Volmer Perez - Categoria definiu os detalhes do movimento
Os professores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) consolidaram, em assembleia na noite de segunda-feira (15), a greve na instituição. Os servidores docentes lotaram a sede da Adufpel, entidade que representa a categoria, e endossaram o movimento iniciado em março reivindicando melhorias para a categoria e que inclui também os servidores técnico-administrativos da universidade e os servidores do IFSul.
Na assembleia foram constituídos o comando local de greve e a comissão de ética da greve. Também foi instaurada a assembleia geral de greve, que manterá a discussão sobre a manutenção das paralisações. O presidente da Adufpel, Carlos Mauch, pontuou a legitimidade da paralisação e criticou o assédio que os grevistas estariam sofrendo por parte da reitoria da universidade e dos estudantes que questionam os professores sobre a adesão à greve.
Mauch afirmou que a greve culminou após anos de precarização da categoria e do ensino público federal. Ele lembrou que no governo de Jair Bolsonaro (PL) foram realizadas nove assembleias sobre a necessidade de greve, quando a categoria descartou a possibilidade de deflagração. Mauch afirmou que “a confusão do calendário não é culpa do movimento”, e que o comando de greve irá pedir a suspensão do calendário acadêmico.
Na UFPel, a greve teve início ao mesmo tempo que a volta às aulas do primeiro semestre de 2024, atrasado em razão das mudanças de calendário provocadas pela pandemia. Segundo nota divulgada pela reitoria no começo deste mês, o calendário acadêmico será mantido e a possibilidade de alteração do calendário acadêmico ou de recuperação das aulas será avaliada ‘caso a caso e oportunamente’.
A greve na UFPel integra um movimento nacional que inclui outras 40 universidades e 49 institutos federais, incluindo o IFSul. Além da paralisação dos servidores docentes, os servidores técnico-administrativos também estão em greve desde o mês passado. Os servidores federais reivindicam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária e a revogação de normas aprovadas nos governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro.
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