Greve

Governo deve apresentar nova proposta para servidores da Educação

Anúncio deve ser feito sexta-feira pela ministra da Gestão e Inovação

Lula Marques - Agência Brasil - Camilo Santana criticou movimento grevista na Educação

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta terça-feira (16) que o governo deve disponibilizar novos recursos para atender as demandas dos servidores técnico-administrativos e professores das universidades e institutos federais. As categorias estão em greve em boa parte do País.

“O governo já sinalizou com recursos adicionais para que a gente possa negociar com os servidores técnicos e servidoras, a questão, não só do plano [de cargos e salários], mas também do reajuste salarial para essa categoria”, afirmou Santana. Nova proposta deve ser apresentada na sexta-feira.

Camilo Santana falou sobre a greve dos servidores de universidades e institutos federais em reunião da Comissão de Educação do Senado. Ele disse que o governo tem se esforçado para encerrar o movimento grevista e ressaltou que o MEC não tinha mais condições de, por conta própria, aumentar a proposta para os servidores.

“O orçamento do MEC não comporta nenhuma mudança de qualquer incremento, seja em pessoal ou para servidor. Então, será uma complementação orçamentária pelo espaço que o arcabouço fiscal já tem”, explicou o ministro, sem antecipar o valor que teria sido reservado para os professores e técnicos administrativos das instituições federais de ensino.   

Camilo Santana informou que esse anúncio será feito pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que lidera a negociação com os servidores. O ministro da Educação reclamou da greve e lembrou que o governo deu reajuste de 9% para toda administração pública no primeiro ano, após seis anos sem reajuste.  

“Greve, para mim, é quando não há mais diálogo, quando se encerraram as negociações ou toda e qualquer possibilidade de melhorias”, disse Santana. Para o ministro, o grande problema desta greve é o prejuízo para o Brasil e para os alunos.

UFPel

Em assembleia realizada na noite da última segunda-feira, os professores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) reafirmaram o estado de greve, em consonância ao movimento que acontece nacionalmente, envolvendo 40 universidades e 49 institutos federais.

Na UFPel, a greve teve início ao mesmo tempo que a volta às aulas do primeiro semestre de 2024, atrasado em razão das mudanças de calendário provocadas pela pandemia.

O presidente da Adufpel, Carlos Mauch, pontuou a legitimidade da paralisação e criticou o assédio que os grevistas estariam sofrendo por parte da reitoria da universidade e dos estudantes que questionam os professores sobre a adesão à greve.

Mauch afirmou que a greve culminou após anos de precarização da categoria e do ensino público federal. Ele lembrou que no governo de Jair Bolsonaro (PL) foram realizadas nove assembleias sobre a necessidade de greve, quando a categoria descartou a possibilidade de deflagração. Mauch afirmou que “a confusão do calendário não é culpa do movimento”, e que o comando de greve irá pedir a suspensão do calendário acadêmico.

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