Literatura
Orador autografa neste domingo
Jornalista e escritor Klécio Santos lança na Feira do Livro a terceira edição de Sonhos de pedra
Mauro Vieira - Agência do jornalista criou a identidade visual da 48ª edição
Neste domingo (30) o orador da Feira do Livro de Pelotas, o jornalista e escritor Klécio Santos, autografa as obras Sonhos de pedra - A história da construção dos molhes, uma das maiores obras de engenharia marítima (Cabrion Editora, 239 páginas) e a coletânea Almanário de Pelotas _ Palavras, pessoas, lugares e histórias (Cabrion, 294 páginas). A sessão de autógrafos ocorre a partir das 19h, na Tenda Cultural, na praça Coronel Pedro Osório.
Esta é a segunda vez que Klécio Santos, autor de obras como Sete de Abril, o Teatro do Imperador e Mercado Central _ Pelotas 1846-2014, entre outras, é homenageado pela Câmara Pelotense do Livro, entidade realizadora da Feira do Livro de Pelotas. Em 2017, foi patrono da 45ª edição, quando lançou Bibliotheca Pública Pelotense.
Feliz com a nova homenagem, Santos comenta que esta é uma Feira do Livro histórica, pelo retorno depois de dois anos seguidos sem edições por causa da pandemia. "A Feira é uma celebração aos livros e pra mim é uma recordação. Como eu tenho uma ligação muito grande com a cidade, os meus livros são sobre a história de Pelotas, voltar aqui como orador faz eu me sentir muito honrado", diz.
Sobre o patrono, Jorge Braga, a quem ele apresenta na noite deste sábado, a partir das 19h (leia mais na capa do Estilo), o jornalista lembra que o escritor é um ativista pela formação de público leitor e um trabalho celebrado com seus livros infanto-juvenis. "Agora ele lançou uma obra sobre a trajetória de uma mulher importante para a cidade, Luciana de Araújo, tudo isso me faz feliz por estar aqui nesta retomada da Feira."
Desta vez o envolvimento do jornalista extrapolou a festa e ele, como sócio e CEO da agência in.Pacto, trouxe a expertise desta empresa para criar um novo conceito visual para a 48ª edição. "Resolvemos ofertar para Feira do Livro uma nova identidade visual depois de muito tempo, o resultado foi maravilhoso em termos de dar uma cara para esse ressurgimento da Feira", comenta. A nova identidade se alicerça em ícones do evento, como os livros, a floração dos jacarandás da cor lilás e fonte das Nereidas.
Sucesso editorial
Em Pelotas o autor autografa pela primeira vez a terceira edição de Sonhos de Pedra (Stone Dreams), sucesso editorial que ele lançou no ano passado. A obra levou três anos de pesquisas e é rico em iconografia, com mapas, cartões-postais e documentos raros, além de relatos de viajantes. A edição é bilíngue (português/inglês), com tradução de Adriano Migliavacca, com selo da Cabrion _ criado em homenagem à antiga folha ilustrada que mesclava literatura e sátira social no século 19.
A obra refaz a história da construção dos Molhes da Barra do Rio Grande e de acontecimentos que integraram e/ou influenciaram esta epopeia. A obra de engenharia finalizada no início do século 20 é hoje, além de ser um balizador para a entrada de navios no porto, uma referência turística na região.
Klécio Santos também narra episódios históricos como o dia em que Rio Grande amanheceu sob a mira de canhões durante a Revolta da Armada, o trágico naufrágio do navio Rio Apa, as visitas imperiais e a chegada de José da Silva Paes em 19 de fevereiro de 1737, quando o brigadeiro enfim penetrou no canal da Barra. Segundo o autor essa nova edição ganhou capa inédita e novas iconografias, mas o texto permanece o mesmo.
O patrocínio é da Celulose Riograndense (CMPC), por meio do financiamento da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e apoio dos Práticos da Barra do Rio Grande. O livro pode ser adquirido na Livraria Vanguarda. Maiores informações pelo site https://www.livrariavanguarda.com.br.
Na língua de Pelotas
Além do livro Sonhos de pedra, o escritor autografa também Alamanário de Pelotas, uma coletânea que traz textos de mais dez autores, são eles: Ayrton Centeno; Calos Diniz; Carlos Behrendorf; Horácio Oliveira; Geraldo Hasse; José Severo; José Soares; José Cruz; J.L.Marasco Cavalheiro Leite, Luiz Lanzetta, Patrícia Lima, Sérgio Siqueira e Lourenço Cazarré. Traduz o refinado pelotês para o português bruto, explicando-lhe termos como "apolinário" "fungu 99 e "imba". O livro terá ainda sessão de autógrafos no dia 6 de novembro, também às 19h, com os demais autores.
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