UFPel
Em meio à greve, primeiro semestre letivo de 2024 começa nesta segunda-feira
Adesão de professores à paralisação gera dúvidas entre estudantes da instituição
Jô Folha - DP - Estudantes não sabem se terão aulas nesta semana
Mesmo com a deflagração de greve dos servidores docentes e técnico-administrativos, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) mantém a volta às aulas prevista para esta segunda-feira (15). Com a paralisação, estudantes reclamam da incerteza quanto a se terão aula ou não em seus cursos, já que a adesão à greve é uma decisão individual e os servidores não são obrigados a notificar suas unidades.
Nesse momento, o retorno é para dar início ao primeiro semestre letivo de 2024, com a tentativa de regularizar o calendário acadêmico, afetado durante a pandemia. Segundo a reitora Isabela Andrade, “o calendário letivo está mantido e as estruturas da UFPel (Restaurante Universitário, transporte, entre outras) estarão operando normalmente”. “Expectativa enorme de recebermos nossos(as) estudantes a partir da próxima semana na Universidade”, diz a reitora.
O presidente da Associação Docentes Universidade Federal Pelotas (Adufpel), que representa os professores, Carlos Mauch, diz que a greve foi decidida por ampla maioria da categoria. "Não existe a necessidade de nenhum docente confirmar individualmente se vai ou não fazer greve", diz. "Os docentes que vão fazer greve não precisam comunicar a gestão, porque essa comunicação foi feita em nome da categoria pelo sindicato", pontua.
Em nota publicada no último dia 3, a UFPel afirma que "é impossível antever como cada servidor(a) docente decidirá por aderir, ou não, ao movimento grevista e tampouco por quanto tempo será mantida a manifestação". A universidade diz ainda que a decisão sobre a necessidade de possíveis alterações no calendário acadêmico ou recuperação de aulas "será tema a ser enfrentado caso a caso e oportunamente".
Paralisação
Os servidores técnico-administrativos iniciaram a greve no dia 18 de março. Já os servidores docentes entram em greve somente nesta segunda-feira. O Instituto Federal Sul-riograndense (IFSul) também entrou em greve nos últimos dias, em adesão ao movimento nacional da categoria. As principais reivindicações dos servidores da educação federal são a recomposição salarial, reestruturação de carreiras e mais investimentos nos campi.
O movimento de construção de greve já vinha sendo debatido desde fevereiro, período em que as entidades e o governo federal não chegaram a nenhum acordo. Na pauta de demandas apresentadas pelos servidores federais está a reposição salarial com um índice de 7,06% iniciando neste ano e o mesmo percentual adicionado aos salários dos próximos dois anos, totalizando 21,18%. Já a proposta apresentada aos servidores pela União foi um reajuste de 4,5% iniciando somente em 2025.
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