Caderno Saúde

Importância de se permitir sentir as emoções em cada momento da vida

Existem comportamentos que não são adequados diferentemente das emoções

- Divertidamente ajuda a compreender a intensidade das emoções

Todos nascem com as emoções básicas que são denominadas como desagradáveis: raiva, medo, nojo, tristeza. Mas também as agradáveis: alegria e amor. Essas, portanto, terão as funções na vida de cada um de ser o suporte em situações que seja necessário a proteção, defesa e segurança. Segundo Raquel Barboza Lhullier, psicóloga infanto-juvenil que tem sua atuação focada na Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) e na compaixão, não existe emoção boa ou ruim, negativa ou positiva. “Crianças, jovens, adultos e idosos todos podem viver todas as emoções que estiverem sentindo, o processo de compreensão e aceitação em relação às emoções é fundamental.
A atenção deve ser dada à intensidade e frequência das emoções que, desta forma, podem informar se elas estão nos prejudicando ou ajudando, em sua falta ou excesso, não relacionando isto como um excesso ou falta de medos ou fobias. “Precisamos cuidar para não vestirmos a ideia de que somos as nossas emoções. Apesar de termos nascido com elas, apenas as sentimos e podemos pensá-las como ondas nas nossas vidas, que podem ser intensas ou não, frequentes ou não. Ou seja, se uma criança sente muitos medos não significa que ela seja medrosa”, salienta Raquel.
Para Suelen de Lima Bach, pedagoga e psicóloga clínica especialista em Terapia Cognitiva Comportamental e doutora em saúde e comportamento, outro assunto que precisa de atenção em relação às emoções, é a ideia de um controle emocional por atitudes de regulação. “Muitos de nós de alguma maneira aprendemos a suprimir, negar ou resistir às emoções e a ideia de controle pode vir ao encontro da ideia distorcida de se evitar ou que não podemos sentir. O que podemos treinar e aprender é sobre nos regularmos emocionalmente diante de uma forte ativação de emoção, em relação às nossas atitudes e comportamentos. Mostrar para as crianças que uma coisa é o que estamos sentindo e outra é o que estamos fazendo com isso”.

Observar a própria resposta emocional no dia a dia pode ser um desafio para os adultos de referência das crianças e jovens e as dificuldades estão entre todos em todas as gerações, mas Raquel salienta que a reação escolhida servirá como modelo para essas crianças e jovens. “Muitas vezes quando nós adultos estamos distraídos e não percebemos o que está acontecendo conosco e ao nosso redor podem existir consequências não intencionais na relação com os filhos”, explica.

As psicólogas salientam algumas formas de como lidar de maneira respeitosa e efetiva diante de ativações emocionais das crianças e jovens:
Diante da tristeza, ao invés de falar: “Engole o choro e pára com isso!” Substituir por: “ Vem cá, quer um abraço? Estou aqui para te ajudar”.

Diante da raiva, ao invés de falar: “Que feio sentir raiva!” Substituir por: “Entendo que estás sentindo raiva, o que te incomoda?”

Diante do medo, ao invés de falar: “Mas que bobagem sentir medo do escuro!” Substituir por: “Como estás te sentindo? É medo? Posso te ajudar a enfrentar”

Sugestão de canal:
Emoções entre gerações
Lançado este ano pelas Psicólogas Raquel Lhullier e Suelen Bach especialistas em psicoterapia infanto juvenil, o canal têm a intenção de compartilhar reflexões e orientações com pais, professores, cuidadores e todos que se interessem pelo assunto, sempre com fundamentação científica e de forma descontraída e impessoal. Entre os conteúdos é possível encontrar sugestões de livros e atividades para serem realizadas com as crianças e entre pais e filhos.

Sugestão para assistir com as crianças:
O filme Divertidamente (produzido em 2015 pela Pixar) retrata muito bem as emoções, porém de forma intensa e a relação que são vividas entre elas.

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