O Teatro Municipal do Rio Grande recebe neste sábado (4), às 20h30min, o concerto musical Para ouvir e sonhar, de Regis Cavallari. No palco o maestro faz apresentação solo, com músicas de artistas como Yanni e Sarah Brightman, além de trilhas sonoras de filmes contemporâneos e musicais. Os ingressos para o espetáculo estão disponíveis na plataforma digital Sympla pelo link https://bit.ly/concerto-cavallari. Mais informações pelo telefone: (53) 3233-4339 (Teatro Municipal do Rio Grande).

No concerto o músico receberá convidados do município: a maestrina Márcia Granada, que rege o Coral Municipal, interpretará algumas composições, e o instrumentista, oficial da Marinha, Otoniel Santos, que vai acompanhar Cavallari ao bombardino.

Regis Cavallari é natural de Rio Grande, mas há quase 20 anos está radicado em Porto Alegre. O músico também residiu por muitos anos em Brasília. No Distrito Federal, o também economista atuava no Banco Central. Quando se aposentou, pode enfim se dedicar à música.

A volta para o Rio Grande do Sul propiciou ainda que o músico montasse um quarteto, mas depois da pandemia o trabalho solo tem sido mais constante. "Assim tenho mais liberdade para viajar", diz.

Apesar da formação em Economia, Cavallari começou na música aos cinco anos na antiga escola da pianista Lili Schmidt. Mas em Brasília manteve o estudo em piano no Instituto de Música. "Quando voltei para Porto Alegre continuei estudando, mais na forma de apresentações. Agregando mais timbres, mais conteúdo nas músicas, mais orquestração", comenta.

Influência grega

Nos anos em que esteve em Brasília a carreira musical ficou em segundo plano, mas não totalmente parada. "Lá eu não consegui muita coisa (nessa área) porque eu tinha pouco tempo, mas foi lá que eu conheci alguns maestros importantes do mundo", relembra. Entre eles o maestro grego Yanni Chrysomallis, que teve uma forte influência na sua carreira, especialmente pelo estilo apregoado pelo tecladista e compositor, chamado de "instrumental contemporâneo".

"Nós temos uma semelhança muito singular, nós temos a mesma idade (60 anos), o mesmo jeito de tocar, a mesma sensibilidade de tocar. Eu toco todas as músicas do Yanni, inclusive no concerto, quase todas são dele, além dos temas de filmes. Quando eu conheci a música do Yanni eu vi que poderia agregar muitos timbres, então eu tenho dois pianos digitais, com diferentes timbres, que enriquecem a música, é como se uma orquestra estivesse tocando", explica.

Sobre os pianos digitais, Cavallari faz questão de dizer que nada funciona com um aperto de um botão. "Sou eu que toco", fala ao lembrar que a diferença entre um piano digital e um teclado é o tamanho da tecla, que são bem menores. "A tecla do digital é a mesma de um piano, com o mesmo peso, a mesma espessura. É fundamental essa diferença, a do teclado é a metade. Então numa música eu posso iniciar com um timbre de orquestra, cortar para piano, cortar para violino, para vozes, voltar para piano ou para orquestra, com um mão no piano de cima e outra no piano mais abaixo", revela.

Clássico moderno

O repertório do músico é basicamente formado por composições internacionais, mas o pianista gosta de deixar bem claro que não transita entre a música erudita. "É uma música, vamos chamar de clássica moderna, de fácil compreensão. Músicas em geral conhecidas, como a do Fantasma da ópera, mas nem de todos, até porque essas músicas não tocam na rádio", fala.

Mas se engana quem imagina que foram os números matemáticos que uniram a versão economista do rio-grandino com a de músico. "Eu não gosto do lado matemático da música, por isso eu faço essa ressalva com relação ao erudito. A música tem que tocar na sua alma, tem que arrepiar. Não é matemática, é sensibilidade."

Além de composições de nomes como Yanni e Andrew Lloyd Webber, o músico tem fixo no repertório temas da soprano inglesa Sarah Brightman. "Os temas de filmes são uma das minhas especialidades, filmes mais recentes, tipo Gladiador, O último samurai, Interestelar."

Serviço
O quê: Regis Cavallari in concert
Quando: sábado (4), às 20h30min
Onde: Teatro Municipal do Rio Grande, avenida Major Carlos Pinto, 312
Ingresso: site Sympla