A final do Campeonato Gaúcho de 2024, iniciada na tarde de sábado (30), mais uma vez é uma disputa entre a capital e o interior. Ou como muitos podem preferir, um confronto de Davi contra Golias. Só que o Davi não é tão Davi assim (o Juventude está na Série A do Campeonato Brasileiro) e o Grêmio também não vive seus maiores dias de Golias (não tem a mesma superioridade apresentada em anos anteriores). Tudo isso para dizer que no próximo final de semana o Rio Grande do Sul poderá ter um campeão que não seja de Porto Alegre.

A última vez que isto aconteceu foi no já longínquo ano de 2017, quando o Novo Hamburgo despachou (nos pênaltis, é verdade) tanto Grêmio, na semifinal, quanto o Internacional, na decisão, para ficar com o título. Mas não foi por falta de tentativa que os clubes de fora da capital deixaram de levantar a taça neste período. De lá para cá, três times do interior desafiaram o Tricolor na grande decisão do Gauchão: Brasil (2018), Caxias (2020 e 2023) e Ypiranga (2022). E todos perderam. O próprio Juventude, o desafiante da vez, não chega à final da competição desde 2016 - quando perdeu para o Inter - e não conquista o título desde 1998, quando superou o Colorado para levantar o seu único caneco.

Diferentemente dos últimos anos, nos quais o favoritismo do Grêmio era muito destacado, o Juventude parece, sim, ter chance de quebrar essa sequência de seis conquistas consecutivas do Tricolor de Porto Alegre. O time de Renato Portaluppi, no entanto, segue firme no objetivo de vencer o Gauchão pela sétima vez seguida. Tanto que deve preservar titulares no jogo de amanhã, na altitude de La Paz, na Bolívia, pela primeira rodada da Libertadores.

Com todos esses ingredientes, a expectativa por mais um jogo brigado [o 0 a 0 em Caxias do Sul não deveu em nada para os duelos da Série A-2] alimentam o sonho deste time do Juventude, que tenta ser o 14° a superar os clubes da capital e ficar com o tão almejada taça do Campeonato Gaúcho.