Trânsito

Desrespeito à sinalização e baixa visibilidade como causa de acidentes em Pelotas

Colisões em ruas como Santa Cruz e Professor Araújo são frequentes; o descuido dos condutores é apontado como principal fator das batidas

Foto: Volmer Perez - DP - Motoristas acabam avançando as esquinas para ver melhor, o que gera colisões

Somente na última semana ao menos dois acidentes de trânsito foram registrados em cruzamentos no Centro. Entre as ruas Santa Cruz e General Neto, a colisão entre dois carros foi tão intensa que culminou no capotamento de um dos veículos. Diferente do ponto, que possui semáforos, na localidade entre a rua Professor Araújo e Voluntários da Pátria, onde houve a outra batida semelhante, a sinalização é horizontal e com placas. Diante das ocorrências, condutores e populares que trabalham próximo dos cruzamentos alegam dois motivos: baixa visibilidade nas esquinas e desrespeito à parada obrigatória.

A condutora Victoria Teixeira levou um susto trafegando pela rua Voluntários da Pátria, ela foi cruzar a Professor Araújo e acabou batendo em outro carro que estava na via preferencial. Ela alega que o acidente foi causado devido à falta de visibilidade adequada e reclama que o cenário se repete em várias ruas. “As casas são bem para frente, dificultando a visibilidade, foi isso que praticamente aconteceu, quando eu vi já estava em cima. Ele vinha em alta velocidade e eu recém tinha arrancado com o carro e acabou pegando. É muito precária a sinalização aqui”, diz. Apesar de nada grave ter ocorrido e não haver feridos, para Victoria, além dos prejuízos materiais, o que fica é “o trauma”.

Funcionário de uma loja de roupas naquela esquina, Anélio Jr observava a movimentação no entorno do acidente e contou que são periódicas as ocorrências no cruzamento. “Todos os dias tem acidente aqui em frente à loja, com ciclistas, pessoas de carro, são acidentes desse tipo e até para pior muitas vezes, esses dias um carro deu perda total”. Para ele, a necessidade da instalação de um semáforo no local é urgente. “Tinha que ter uma sinaleira ali. Quem vem daqui geralmente está em alta velocidade e toda hora tem [acidentes], às vezes é um dia sim dia não, virou rotina”.

Acidentes frequentes na Santa Cruz
Outra via que figura na lista de registros da Secretaria de Transporte e Trânsito (STT) é a Santa Cruz. Neste ano já ocorreram dois acidentes. Em 2023 foram seis. O mais recente, na esquina com a General Neto, causou o capotamento de um dos carros envolvidos na batida, além do grande impacto que chamou a atenção de quem passava no local, outro fator que se destaca é que o cruzamento é sinalizado com semáforos. Em outro ponto da rua, com a Voluntários da Pátria, onde a sinalização é horizontal, há falta de visibilidade adequada devido aos veículos estacionados e às calçadas estreitas.

Para enxergar o tráfego antes de atravessar a Voluntários, os carros praticamente invadiam metade da pista esquerda da Santa Cruz. Mesmo assim, quem frequenta diariamente a rua alega que o problema maior é o desrespeito à parada obrigatória somado aos veículos em alta velocidade na preferencial. Atendente em uma lancheria próxima, Carolina Macedo diz que no local “pelo menos um acidente por semana tem, e geralmente é grave”. Ela relata que desde que iniciou no emprego, há dois anos, frequentemente o trabalho é interrompido por um estrondo de colisão. “Já vi motoboy voar, e às vezes é moto com moto, carro com moto, são acidentes bem graves”.

Conforme as ocorrências que já observou, Carolina afirma que, mesmo com a falta de visibilidade, o maior problema é a falta de respeito dos condutores à sinalização. “Geralmente é o pessoal da Voluntários que não para, eles cruzam direto. Mesmo com placa as pessoas não param nem para olhar. Não sei se colocar sinaleira adianta, porque na Gonçalves com Voluntários tem e mesmo assim toda hora tem acidentes”, pondera. ​

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Apenas 22% do público-alvo se vacinou contra a gripe Anterior

Apenas 22% do público-alvo se vacinou contra a gripe

Carnaval de Pelotas se consolida, mesmo fora de época Próximo

Carnaval de Pelotas se consolida, mesmo fora de época

Deixe seu comentário