Paralisação

Docentes e técnicos administrativos dos Institutos Federais deflagram greve

Mobilização inicia na próxima quarta-feira; servidores da UFPel também estão em paralisação

Foto: Carlos Queiroz - Aulas no IFSul - Campus Pelotas e Campus CaVG podem ser paralisadas

Em assembleia geral com servidores de 13 unidades dos Institutos Federais (IFs) realizada no final da tarde de quinta-feira (28), foi aprovada por ampla maioria a deflagração de greve iniciando no dia 3 de abril. A paralisação foi uma adesão ao movimento nacional, dentre as principais reivindicações estão recomposição salarial, reestruturação de carreiras e mais investimentos nos campi. No total, são mais de 900 docentes efetivos e de 700 técnicos administrativos no Estado. Diante da construção de greve as aulas no IFSul - Campus Pelotas e Campus CaVG podem ser paralisadas.

Conforme o Sinasefe, sindicato das categorias do IF, o comando de greve deverá ser instalado na próxima segunda-feira para o planejamento das ações de mobilização em todas as cidades que têm campi. As atividades também serão realizadas em conjunto com as entidades da Universidade Federal de Pelotas, Adufpel e Asufpel, que representam docentes e técnicos, ambos com paralisações já declaradas.

Os técnicos administrativos dos institutos federais reivindicam o reajuste salarial de 10,34%, índice que iniciaria em 2024 e seria aplicado também nos próximos dois anos, somando 34,32% de valorização. Já os docentes solicitam uma recomposição de 7,06%, sendo aplicado no mesmo período que os técnicos, o que totalizaria em 2026, mais de 22% de aumento dos vencimentos. No entanto, nas mesas de negociação com o governo federal, foi apresentada uma proposta de 4,5% de percentual começando em 2025. "Para nós isso é longe do suficiente", diz o Coordenador de Organização da seção sindical do Sinasefe, Francilon Simões.

O representante calcula ainda que se fosse considerado todo o período de falta de reajuste adequado, o índice seria bem maior do que o apresentado nas plenárias. "Nos técnicos administrativos contamos de 2010 para cá com uma perda inflacionária de 60,9%, mas a gente considerou que fosse recomposta apenas perdas do governo Temer para cá e que fosse considerada a inflação prevista para 2025 e 26", menciona.

Além das recomposições, as categorias também pleiteiam as reestruturação de carreiras com mais modernização, assim como maiores investimentos nos institutos e fortalecimento das bolsas de assistência estudantil. "A gente tem uma série de cortes, inclusive nas verbas de custeio, responsável pelo funcionamento das instituições". Sobre os benefícios sociais Francilon diz ainda: "no IFSul, são diversos estudantes que se enquadram, inclusive em situação de vulnerabilidade, mas está tendo que ser feito uma avaliação de quem está mais pior para acessar os benefícios. Isso é necessário para os estudantes continuarem na escola".

Nos 14 campi do IF do Estado estão matriculados mais de 21 mil alunos.

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