Saúde feminina

Cirurgia íntima não é futilidade

Visando resultado estético e bem-estar da região genital, cada vez mais mulheres buscam métodos cirúrgicos especializados

Foto: Divulgação - DP - "A principal indicação dessas cirurgias é quando as pacientes trazem as queixas desse desconforto, a partir disto se faz a avaliação, não existe uma padronização que determina a necessidade da cirurgia" Suelyn Portalupi, Ginecologista

Por Joana Bendjouya

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, procedimento estético não é sinônimo de futilidade. Afinal, se uma pequena alteração é capaz de promover o bem-estar e devolver a auto estima de uma mulher, este já é motivo suficiente para ser feito, afirma Suelyn Portalupi, ginecologista e mestre em ginecologia regenerativa. “A cirurgia íntima feminina precisa deixar de ser um tabu, é uma das cirurgias estéticas mais procuradas no Brasil, como benefício tem principalmente a questão da autoestima, autocuidado, que também é saúde, e traz conforto físico, psíquico e sexual.” A cirurgia plástica é geral mente associada a uma melhora estética, seja corporal, ou de  rejuvenescimento e harmonização dos traços faciais. Porém, o crescimento da procura por cirurgia íntima por mulheres mostra que não se resume somente a estas questões citadas. A cirurgia plástica, pode também ter benefícios funcionais que vão muito além da aparência. As cirurgias íntimas, podem ter por indicação de corrigir o tamanho dos pequenos e dos grandes lábios, oferecendo saúxa frequente está relacionada às dificuldades durante a relação sexual. “O volume de lábios (grandes ou pequenos) aumenta o atrito, que pode levar ao incômodo, e um ato que seria praze roso se torna doloroso”, explica. 

Outro local requisitado para cirurgias, é o monte de vênus, que é a região localizada entre o abdômen e o clitóris. Neste local, a ginecologista explica que pode haver o acúmulo de peles decorrentes do envelhecimento, perda de peso ou algum outro fator específico. Esse excesso de pele costuma ficar bastante evidente, marcando inclusive sobre a roupa. “Para solucionar esse problema, é possível retirar os excessos de pele para corrigir a flacidez local. Essas alterações  podem vir do avançar da idade, ou de pacientes que emagreceram muito e ficam com excesso de pele na região, ou ainda que fizeram uso de anabolizante no passa do”, explica. Além dos desconfortos relatados pelas pacientes que, segundo Suelyn, já são critérios suficientes para que ocorra a Labioplastia, nome técnico para cirurgia plástica íntima mais comum para redução ou ajuste da simetria dos lábios. A ginecologista ressalta que quando alterados, favorecem também o acúmulo de secreções nessa região, podendo ocasionar quadros de corrimentos, infecções e outras patologias. O procedimento pode ser realizado nos pequenos e grandes lábios, no monte de vênus e no clitóris.

COMO É REALIZADA A CIRURGIA?

​A cirurgia de labioplastia é muito rápida e segura. Realizada de forma ambulatorial, com anestesia local e sua duração normalmente leva poucos minutos, embora esse tempo possa variar de acordo com as necessidades de cada paciente, conforme explica a ginecologista. “Em algumas situações podem ser feitas com anestesia local, em outras em que o procedimento é maior, tem a necessidade de fazer anestesia geral. Quando isso for necessário, sempre é avaliado com paciente e com anestesista, a preferência, se pode ser uma raquianestesia ou com sedação.”

EXISTE ALGUMA CONTRAINDICAÇÃO?

​A especialista explica que a cirurgia não causa nenhum problema a mulheres saudáveis, desde que já estejam com seu desenvolvimento completo. No entanto, a médica salienta que algumas situações podem não indicar que seja realizado o procedimento. Devem ser avaliados os riscos e benefícios do procedimento. Mulheres que apresentem questões de saúde que já dificultem a realização de cirurgias não devem realizá-la. Portanto, pacientes com diabetes, hiper tensão arterial ou insuficiência cardíaca devem, antes da realização, passar por exames e ter segurança de que estão com a saúde equilibrada, passando por uma avaliação médica bastante criteriosa e só assim serem encaminhadas para cirurgia.
O procedimento pode ser realizado nos pequenos e grandes lábios, no monte de vênus e no clitóris.

COMO É REALIZADA A CIRURGIA? 

A cirurgia de labioplastia é muito rápida e segura. Realizada de forma ambulatorial, com anestesia local e sua duração normalmente leva poucos minutos, embora esse tempo possa variar de acordo com as necessidades de cada paciente, conforme explica a ginecologista. “Em algumas situações podem ser feitas com anestesia local, em outras em que o procedimento é maior, tem a necessidade de fazer anestesia geral. Quando isso for necessário, sempre é avaliado com paciente e com anestesista, a preferência, se pode ser uma raquianestesia ou com sedação.”

Atualmente a cirurgia é realizada com a tecnologia do laser CO2, que segundo Suelyn, é uma tecnologia que atua também no rejuvenescimento ainda mais significativo da região genital, estimulando a produção de colágeno, aumentando a hidratação e facilitando no processo de cicatrização. “Antigamente se fazia a cirurgia com corte, com bisturi e com todo instrumental comum, hoje em dia se consegue fazer com laser, que diminui o tempo de cirurgia, na maioria dos casos com
anestesia local e melhora o pós operatório, principalmente na questão de cicatrização."

PÓS-OPERATÓRIO

Devido à impossibilidade de realizar curativos na região íntima, é necessário que a paciente redobre os cuidados com sua higiene no período após a cirurgia. Segundo a ginecologista, é comum que a região fique mais sensível nos primeiros dias, após o procedimento, essa sensibilidade pode variar em cada mulher, mas o que é comum a todas, é a necessidade de repouso, evitar esforço e atividades físicas, sendo recomendado a aplicação de com pressas de gel térmico gelado, para evitar complicações. “O pós operatório, na maioria das vezes, costuma ser bem tranquilo, mas nas primeiras 48 horas exigem alguns cuidados no pós operatório para evitar a abertura dos pontos, hematomas, sangramentos e eventualmente infecções”, alerta Suelyn.

Esse tipo de cirurgia é um procedimento definitivo, ou seja, não é necessário refazer com o passar do tempo, mas a ginecologista alerta para que cada mulher observe o seu corpo e acompanhe as mudanças, que são naturais com o passar dos anos. “O que pode acontecer é que com o passar do tempo, com a maturidade chegando, a região volta a ficar flácida, e novas queixas podem surgir, mas na maioria das vezes não pre cisa ser refeito”. Ela alerta ainda que, após a cirurgia, para o processo de recuperação, não é necessário associar outras técnicas de cuidados ou qualquer tratamento, pois o laser utilizado durante o procedimento já tem ações que irão auxiliar na cicatrização e melhora.


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