Queda do Inter na Libertadores escancara tensão na luta contra o rebaixamento

O sonho do Inter de alcançar o tri da Libertadores chegou ao fim na noite desta quarta-feira (4), dentro do Beira-Rio, quando o Colorado acabou eliminado pelo agora finalista Fluminense por 2x1.

Embora o empate em 2x2 no jogo de ida, no Maracanã, o Inter era favorito, ainda que de leve, pois a prioridade do time sempre havia sido a competição continental em detrimento ao Brasileirão. Agora que resta apenas o Campeonato Brasileiro, o time deve se dedicar 100%, começando pelo próximo duelo, que é simplesmente o Grenal, e você pode usar o código promocional Betano e dar seu palpite em quem vencerá o duelo.

O time gaúcho chegou a abrir o placar com Gabriel Mercado no comecinho do jogo, logo aos 10 minutos do primeiro tempo, mas levou a virada já no fim da partida, para desespero do torcedor. John Kennedy, aos 36, e German Kano, aos 42 do segundo tempo, viraram o jogo para o clube carioca.

Talvez o mais grave para a torcida colorada que lotou o Beira-Rio não seja só a eliminação em si, mas a sensação de oportunidade perdida; foram muitos gols perdidos, fosse por displicência na finalização, fosse por mérito da defesa adversária – especialmente do veterano goleiro Fábio, do Fluminense, que operou verdadeiro milagre numa cabeçada de Luiz Adriano, já nos acréscimos.

Além do natural peso emocional que é ser eliminado de uma semifinal de Libertadores, o fim da campanha do time gaúcho na competição significa que o Inter terá que se dedicar integralmente agora ao Brasileirão, e por lá as coisas não vão bem.

Mudança de prioridade

De certa forma, o desempenho ruim do Colorado no Campeonato Brasileiro vinha sendo justificado pela priorização completa da Libertadores – afinal de contas, o Inter não chegava numa fase semifinal desde 2010, quando fora campeão pela última vez.

Sem a competição continental para dividir suas atenções, porém, o torcedor colorado precisa lidar com a difícil realidade que é o momento do seu clube no Brasileirão: 14º lugar na tabela, com 29 pontos feitos em 25 jogos, e um risco real de rebaixamento.

Faltando apenas 13 rodadas para o fim do campeonato, o Colorado aparece com apenas três pontos de vantagem para o primeiro dentro da zona do rebaixamento, que no momento é o Vasco da Gama.

Considerando que a própria Libertadores de 2024 se tornou um sonho distante, já que a distância do Inter para o G-6 é de 12 pontos (vaga indireta) e 15 pontos para o G-4 (vaga direta), resta aceitar a nova prioridade: jogar com força máxima para não cair e, com otimismo, se garantir na Copa Sul-Americana.

Dedos apontados?

Naturalmente que após uma eliminação doída em casa, os torcedores do Inter vão procurar responsáveis para tentar justificar a queda, especialmente após um jogo no qual o Colorado teve várias chances de matar a partida – foram 17 chutes, mas só quatro ao gol. Em compensação, dos três chutes no alvo do Fluminense, dois entraram.

Em coletiva de imprensa depois da partida, o técnico do Inter, Eduardo Coudet demonstrou justamente insatisfação com essa falta de pontaria, mas evitou nomear culpados: “"Não é momento de encontrar culpados, seja na defesa ou no ataque. Não matamos o jogo, um jogo onde criamos muito, muito mais do que no jogo de ida. Merecíamos e o torcedor também. É muito difícil quando a ilusão morre, essa é a verdade".

Até o momento, o emprego do próprio Coudet não parece em risco, e mesmo o torcedor Colorado não cobra o técnico argentino. Aquele para quem mais se apontam dedos no momento é o equatoriano Enner Valencia, que teve as duas melhores oportunidades de gol do Inter, e perdeu ambas.

Fonte: Wikimedia Commons