Números

Seguindo a linha nacional, número de nascimentos em Pelotas cai em 2022

Dados divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram os índices de nascimentos, mortes, casamentos e divórcios em todo o Brasil no ano retrasado

Foto: Volmer Perez - DP - Pelotas registrou, em 2022, 3.856 nascimentos, ao todo

Uma série de dados das Estatísticas de Registros Civis, divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam a quarta queda consecutiva no índice de nascimentos no Brasil no ano de 2022, chegando à menor taxa em 45 anos, desde 1977. No ano retrasado, o País registrou 2,54 milhões de nascimentos, o que representou uma diminuição de 3,5% em comparação com 2021, quando o número foi de 2,63 milhões. No ano de 2018, o registro foi de 2,89 milhões de nascimentos. No contraste entre 2022 e a média dos cinco anos precedentes à pandemia de Covid-19 (2015 a 2019), houve uma diminuição de 326,1 mil nascimentos, o que indica diminuição de 11,4%.

Ainda de acordo com os dados apresentados nesta quarta, o município de Pelotas registrou, em 2022, 3.856 nascimentos, ao todo. Na comparação com o ano anterior (2021), houve uma redução da natalidade em 3,81%. Ainda em relação aos nascidos, a redução de 2020 para 2021 foi de 2,85%. Porém, a maior queda registrada no paralelo ano/ano foi de 2019 para 2020, quando os nascimentos diminuíram 12,3%. A população total registrada em Pelotas em 2022, conforme a pesquisa, foi de 325.685 habitantes.



Menos nascimentos, mais qualidade de vida

"Pelotas é uma cidade que tem hospitais melhores para os bebês nascerem e muitas vezes eles são registrados aqui. Muitas vezes, o local de residência da mãe não é Pelotas. Então esses registros foram feitos em Pelotas, mas nem todas as crianças nascidas são, de fato, de Pelotas", esclareceu a Chefe da Agência do IBGE em Pelotas, Tatiana Gautério. Para Gautério, a queda dos nascimentos segue linha nacional e é um indicativo da melhoria de vida das mulheres e da maior expectativa de vida das pessoas. "Há uma tendência das mulheres terem seus filhos cada vez mais tarde, com mais planejamento. E as mulheres estão estudando mais do que no passado e conseguindo planejar mais a sua prole", analisou.

País

"A redução da natalidade e da fecundidade no País, já sinalizada pelos últimos Censos Demográficos, somada, em alguma medida, aos efeitos da pandemia, são elementos a serem considerados no estudo sobre a evolução dos nascimentos ocorridos no Brasil nos últimos anos", analisa a gerente da pesquisa, Klívia Brayner. Todas as regiões do País apresentaram queda no registro de nascimentos ocorridos em 2022. Comparando com 2021, no entanto, a região Sul teve a menor redução (-0,7%), enquanto a região Nordeste obteve queda de maior destaque (-6,7%), seguida por Norte (-3,8%), Sudeste (-2,6%) e Centro-Oeste (-1,6%). Entre as Unidades Federativas, apenas os estados de Santa Catarina e Mato Grosso tiveram aumento no quadro de natalidade, com crescimento de 2,0% e 1,8%, respectivamente.

A pesquisa de registro de nascimentos também levantou a tendência de mulheres tendo filhos em fases mais tardias da vida, ainda que faixa etária predominante seja entre 20 e 29 anos (49,2%). Tendo como base todo o século 21, a maternidade em mulheres de 30 a 39 anos aumentou de 22%, no início do século, para 34,5%, em 2022. "Os dados evidenciam o aumento da representatividade dos nascidos vivos cujas mães pertenciam ao grupo etário de 30 a 39 anos", observa a pesquisadora. A região Sul apresentou um dos maiores percentuais de nascimentos dos quais as mães tinham entre 30 e 39 anos, representando 37,6% dos partos, junto com a região Sudeste, com 38%.



Óbitos no País

Outra revelação evidenciada pelos dados foi a redução de mortes em 2022, na comparação com 2021. No ano, foram registrados 1,5 milhão de óbitos, 281,5 mil a menos que no ano anterior, o que indica redução de 15,8%."Esse resultado acompanha o recuo das mortes ocasionadas pela Covid-19, com a ampliação do número de pessoas que completaram o esquema vacinal", explicou Klivia.


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