Atenção

Pelotas e Rio Grande continuam em alerta para a dengue

Municípios da Zona Sul apresentam aumento no número de focos do mosquito Aedes aegypti; Estado já confirmou seis óbitos pela doença

Foto: Divulgação - DP - Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue

Nesta semana, a Secretaria de Saúde de Rio Grande apresentou o boletim atualizado da dengue, doença causada pelo mosquito Aedes aegypti. Foram registrados 47 casos suspeitos e cinco considerados positivos. Já em Pelotas, são dez casos confirmados de dengue e 73 notificações de casos suspeitos somente no mês de fevereiro. Os dados colocam esses e outros Municípios da Zona Sul em alerta para a doença, com alta nos casos e focos em 2024. No Estado, já são seis óbitos confirmados pela doença apenas neste ano.

Pelotas

De acordo com o boletim epidemiológico, são 96 casos notificados. Somente no mês de fevereiro, foram 73 notificações de casos suspeitos. Dos dez casos confirmados da doença no Município, três são autóctones, ou seja, contraídos na própria cidade, e sete são importados. Os bairros com maior incidência de focos são o Fragata, com 56,16%, e Três Vendas, com 30,14%.

Para conter a proliferação do mosquito, o Município tem intensificado ações de prevenção, principalmente orientando a população. "Estamos nas rádios, nas redes sociais, nas próprias localidades, a gente tem feito ações aos sábados em determinados locais da cidade onde o pessoal se reúne", explica a chefe do Departamento de Vigilância Ambiental, Isabel Madrid.

Outra medida de prevenção é o mutirão Pelotas Contra a Dengue, feito em locais específicos, onde há maior número de focos. O último foi realizado no Simões Lopes, uma dos locais do bairro Fragata que tem a maior concentração. "Nas sextas-feiras vai ter equipes trabalhando nas localidades para orientar a população sobre o descarte de materiais durante o final de semana, para que nas segundas se proceda o recolhimento pelas equipes da prefeitura", diz.

De acordo com Isabel, nos últimos dias houve aumento no número de denúncias da população. A maioria delas são sobre piscinas abandonadas. Entretanto, elas não apresentam riscos por não serem um potencial criador para o mosquito. "O ovo (do mosquito) só vai se transformar em larva se a água chegar em uma temperatura adequada. Se estiver gelada, não vai. Por isso que as piscinas grandes não são importantes, tanto que a gente tem baixíssimo índice de positividade", explica. A população deve ficar atenta aos objetos menores, como pneus, baldes, potes, marmitas, garrafas, bebedouros de animais e outros.

Rio Grande

Nesta semana, foi divulgado o boletim atualizado do Município. Foram registrados 47 casos suspeitos de Dengue, cinco foram considerados positivos, dentre eles, três são importados e os outros dois são autóctones. Além disso, 18 casos foram descartados para a doença e 24 aguardam resultado das análises.

Foram identificados focos do mosquito Aedes aegypti nos bairros Distrito Industrial, Cidade Nova, Aeroporto, Cibrazem, Santa Rosa, Vila da Quinta e Orla. A Gerente da Vigilância Ambiental em Saúde, Marcia Pons, explica que cada notificação sobre a doença gera mais de uma Pesquisa Vetorial Especial (PVE), ou seja, atividades realizadas nos 150 metros em torno do local onde o paciente mora, trabalha, estuda ou tenha longa permanência. "O objetivo é tentar avaliar se existe algum outro morador naquele local que tenha sintoma compatível com a dengue, orientar os moradores dos cuidados, verificar se tem algum material que possa servir de criadouro".

De acordo com a Vigilância Ambiental de Rio Grande, de janeiro até agora foram registrados 12 focos positivos do Aedes, que resultam em atividades de monitoramento. Além disso, houve um aumento no número de denúncias.

Para minimizar a proliferação do mosquito, também estão sendo realizadas ações em escolas para que os alunos se conscientizem e levem a informação para casa, alertando os pais ou responsáveis. "Tornando as crianças e os alunos nossos multiplicadores para que possam levar para seus amigos, família, sua comunidade, as orientações de como prevenir a dengue", destaca Marcia.

Zona Sul

Em São José do Norte, até o momento, apenas um caso da doença foi confirmado no Município, importado. Foram adotadas as medidas e verificações pelos agentes de combate às endemias e nenhum foco foi detectado. A Vigilância Ambiental trabalha com a orientação à população para os cuidados necessários para evitar o surgimento de focos, além das atividades de rotina, como a verificação de pontos estratégicos e outras atividades regulares na atividade.

Piratini apresentou um caso de dengue, também importado. A Vigilância Ambiental, por precaução, realizou a Pesquisa Vetorial Especial (PVE) em um raio de 150 metros do imóvel do caso confirmado. Para monitorar a proliferação do mosquito, existem armadilhas e pontos estratégicos instalados no Município, que são vistoriados constantemente.

Em Jaguarão, há focos do mosquito desde abril do ano passado, quando a cidade foi considerada infestada. No momento, não existe nenhum caso de dengue no Município. Um caso foi confirmado há três semanas, mas importado. Na última semana, dois casos foram considerados suspeitos, mas descartados logo em seguida.

Recomendações para a população

Manter os cuidados com a casa, monitorando constantemente objetos com água parada
Colocar areia até as bordas dos vasos de plantas das residências
Manter garrafas viradas para baixo
Amarrar bem os sacos de lixo
Guardar pneus velhos em locais cobertos para evitar o acúmulo de água
Fechar bem caixas d'água
Manter os ralos, canos, calhas e toldos desentupidos
Limpar os bebedouros dos animais

Principais sintomas da dengue

Febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias
Dor atrás dos olhos
Dor de cabeça
Dor no corpo
Dor nas articulações
Mal-estar geral
Náusea
Vômito
Diarreia
Manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira

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