O vice-coordenador geral do Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Pelotas, Jaime Fonseca, sofreu uma tentativa de sabotagem na madrugada de domingo, quando teve os cabos dos freios de seu carro cortados em frente à sua casa. No boletim de ocorrência, ele relata que ouviu barulhos em seu carro no meio da noite e que, quando foi ver o que estava acontecendo, um homem saiu correndo e Fonseca identificou os estragos que foram feitos.

Fonseca, que tem uma participação ativa no conselho, afirma que já vinha recebendo telefonemas anônimos com ameaças e que as intimidações se intensificaram durante os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores que apura suspeitas de irregularidades no Pronto Socorro de Pelotas.

“A minha esposa percebeu o barulho estranho, me levantei e fui ver. Estavam mexendo no carro, dei uns gritos da porta e a criatura saiu correndo. Quando fui observar, só tinha as marcas no carro”, diz Fonseca. “É alguém que queria me prejudicar ou a minha família. Agora estranho que foi logo após a CPI”.

Na quinta-feira passada, o coordenador geral do Conselho Municipal de Saúde, César Ricardo Lima, disse à CPI do PS que não confia na gestão da saúde de Pelotas e que o conselho não recebe amparo técnico do Município para realizar seu trabalho.

Na semana passada, o vereador Cauê Fuhro Souto (PV), que é secretário da CPI, também registrou boletim de ocorrência após receber ameaças de morte por telefone e por mensagens. O presidente da CPI, Rafael Amaral (PP), também recebeu uma ligação anônima dizendo que ele “está metendo a mão onde não deveria se meter”. Amaral não registrou a ocorrência.