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Trânsito simulado não é novidade

Ferramenta obrigatória no país desde o último dia de 2015 já é utilizada pelos CFCs do Estado

Gustavo Mansur -

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Foto: Gustavo Mansur - Especial DP

Para os gaúchos que buscaram a carteira de motorista para carros de passeio durante o ano passado, passar pelo simulador de direção na autoescola não é novidade alguma. Mas em âmbito nacional, a lei estabelecida pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que obriga o processo, começou a valer em 2016. Por experiência própria, nos Centros de Formação de Condutores (CFCs) pelotenses a opinião é de que a medida é válida e eficiente, diminuindo a exigência de horas de aulas de direção veicular geral de 30 até 20 horas no veículo de aprendizagem e dando o pontapé inicial para os alunos adquirirem a confiança na prática em estradas.

No CFC Senna, a compra de dois equipamentos - cujo valor gira em torno de R$ 30 mil a R$ 40 mil - gerou um retorno positivo no desenvolvimento dos alunos. A observação é geral, mas ganha peso quando afirmada por quem instruiu por uma década os futuros motoristas sem a utilização do simulador, e hoje destina as primeiras dicas ao ambiente digital, como Vânio Fonseca. "Eu não iria trocar minha função de dez anos na rua se fosse substituir por algo que não tem fundamento", acrescenta.

Segundo o Detran-RS, existem, em todo o Estado, 274 CFCs. Todos com a ferramenta. Parece um videogame e a estrutura interna é idêntica à de um carro. Três telas grandes reproduzem a imagem do trânsito à frente, os espelhos retrovisores e a visão de um motorista em uma ou várias versões das estradas. Noite, dia, curvas e obstáculos estão entre as provas. Nos desafios de sua segunda aula, Pyetro Martiello precisava fazer os movimentos das curvas com todas as exigências primordiais da ferramenta: ter a sensibilidade dos pedais, saber utilizar as marchas e compreender que nada disso tem a ver com força, e sim com o jeito. "Eu não imaginava que se parecesse tanto com a realidade", disse Pyetro. O instrutor Vânio exemplifica que agora os alunos saem das cinco aulas de 30 minutos e migram para a avaliação nas ruas com pouco risco, por exemplo, de arrancar o carro e deixá-lo apagar - um erro considerado muito comum.

De acordo com o coordenador da unidade, Juliano Fernandes, este primeiro contato é ainda mais importante para quem nunca dirigiu e não possui os "vícios" de uma condução ensinada por familiares e amigos. Antes de fazer ultrapassagens, mudança de marcha, manobras em marcha à ré, lidar com a sinalização e demais elementos do trânsito real, a pessoa se prepara no virtual.

No entanto, em âmbito nacional, a primeira impressão dos donos de autoescolas não foi das melhores. A exigência foi prevista, inicialmente, pelo Contran, em fevereiro de 2014. Mas logo foi suspensa por conta de protestos de proprietários das empresas que formam condutores. Eles eram contra a medida. Assim, manifestaram nas proximidades do Congresso Nacional que o equipamento custava caro e não traria grandes benefícios aos alunos.

Em 15 de julho de 2015, por meio da resolução 543, a obrigatoriedade foi retomada através do pedido dos Detrans de todo o país. Quem não precisa passar pelo simulador são apenas os usuários de veículos adaptados e em casos de problemas como labirintite.

Regras e didáticas
Para a primeira habilitação, o tempo necessário de aula prática é de, no mínimo, 25 horas - 20 horas no veículo de aprendizagem, sendo quatro delas realizadas no período noturno. As outras cinco devem ser feitas no simulador de direção, também destinando uma hora com conteúdo noturno. Quem já possui carteira de motorista e pretende adicionar a Categoria B, a exigência é de que sejam feitas 20 horas de aula, sendo cinco delas no simulador.

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