Escola

Pais de alunos da Emei Bernardo de Souza são surpreendidos com suspensão de aulas

Antecipação do recesso de inverno foi comunicada pela escola nas redes sociais; paralisação das atividades se dá devido aos problemas estruturais e riscos que o prédio apresenta

Foto: Volmer Perez - DP - Laudo aponta riscos para o prédio que abriga a escola

Na tarde de segunda-feira (22), os pais dos cerca de 650 alunos da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Bernardo de Souza foram comunicados por uma postagem nas redes sociais de que já na terça-feira, as atividades no educandário estariam suspensas devido a antecipação do recesso escolar de julho. Sem nenhuma informação prévia, os pais, que dependem do auxílio da escola para poderem trabalhar e realizar outras atividades diárias foram surpreendidos. De acordo com a publicação feita pelo perfil da Emei, a decisão foi tomada devido aos riscos que os problemas estruturais do prédio representam aos alunos.

As rachaduras, algumas que se estendem do chão ao teto, janelas e vidros quebrados, assim como problemas em parte do telhado da escola não são novidade. Inclusive, as reclamações de mães sobre a possibilidade de realocação das crianças para prédios distantes da localidade da Emei quando as obras de recuperação forem iniciadas foi pauta de matéria do DP há poucos dias. Na época, a Secretaria de Educação (Smed), foi questionada sobre a situação, mas a possibilidade de suspensão das aulas não foi citada pela pasta. A publicação nas redes sociais explica que a mantenedora está em busca de um novo espaço, mas como ainda não foi encontrado e “a insegurança nos permeia, fomos informados nesse momento que nosso recesso começará amanhã”.

Ainda conforme o texto, o período sem aulas deverá se estender até o dia 7 de maio e em outra publicação a equipe diretiva declara que também foi “pega de surpresa”. De acordo com o relato de uma mãe, que preferiu não ser identificada, os funcionários teriam informado que na semana passada, devido às goteiras provocadas por uma chuva eles “tiveram que desligar a energia por 1h30min porque a fiação estava com cheiro de queimado e ficaram com medo de curto”. A mulher, que tem uma bebê de 10 meses matriculada na Emei, questiona o porquê de nenhuma intervenção ter sido realizada nas férias de verão. “Ou seja, são reparos que eles já sabiam que teriam que fazer”. Sem a escola, a mãe conta que terá que encontrar uma babá e arcar com os custos do cuidado. No entanto, para ela o “pior” é não ter a certeza de que as atividades serão mesmo retomadas em maio. “Na turma dela [filha] tem muitas mães que trabalham e sinceramente não sei como estão fazendo”, diz.

Indignação

Com dois filhos na Bernardo de Souza, uma menina de dois anos e um menino de quatro. Icaro Schultze conta que os pais não estavam sabendo que o prédio apresentava problemas estruturais. “Nós ficamos sabendo pelo Jornal que o prédio tinha danos e poderia ser fechado para reformas, nenhum pai foi avisado”. Sem ter com quem deixar as crianças aos cuidados para poder trabalhar, diante do aviso inesperado, ele teve que contar com o auxílio das crianças para poder cumprir suas obrigações.

O que diz a Smed
De acordo com a secretária de Educação, Adriane Esperança, o adiantamento do recesso se deu em função das condições estruturais da escola, cuja direção estaria informando diariamente a Secretaria sobre a situação, que estaria se agravando ao longo deste período. A pasta afirma ainda que um laudo emitido pelo engenheiro civil da Smed em fevereiro deste ano já recomendava a premente reparação das manifestações patológicas que se apresentam na estrutura do imóvel, a fim de garantir a estabilidade estrutural necessária e a utilização do prédio sem que se promova riscos aos alunos. Por isso a necessidade da reforma sem que a escola esteja sendo utilizada pela comunidade escolar. Diante de novos pareceres técnicos e em conjunto com a equipe diretiva, optou-se pela antecipação do recesso.

Neste momento, conforme a secretária, a Smed estaria “em intensa e constante busca por prédios que aloquem o número de alunos atendidos na escola, que são aproximadamente 600. Até agora já foram visitados em torno de dez possíveis prédios. No entanto, alguns apresentam problemas de documentação, na estrutura ou não comportam ou não se adaptam a uma escola. Paralelamente, a Smed está em negociação com a Escola Assis Brasil, para atendimento da pré-escola”.

Quanto à futura localização, a busca por um novo imóvel para a EMEI Bernardo de Souza, garante a titular da Smed, está concentrada na área central, tendo em vista que a escola é polo para diversos bairros. Diante desta dificuldade, a secretária não descarta ampliar o zoneamento. Por fim, de acordo com Adriane Esperança, tão logo a decisão por antecipação do recesso foi acordada entre Smed e equipe diretiva, os pais foram comunicados. ​​​

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