Protesto

Servidores da educação municipal realizam ato na zona norte

Professores e funcionários criticaram situação das escolas e falta de profissionais

Foto: Volmer Perez - Grupo exibiu cartazes no cruzamento das avenidas Fernando Osório e Salgado Filho

Dezenas de professores e servidores municipais das escolas de Pelotas se manifestaram no fim da tarde desta quinta-feira (25), na rótula das avenidas Fernando Osório e Salgado Filho. O protesto organizado pelo Sindicato dos Municipários (Simp) reuniu representantes de 12 escolas da zona norte da cidade, criticando a precariedade estrutural das escolas e a falta de profissionais, e reivindicando melhorias salariais e de carreira. O ato é o primeiro de uma série de mobilizações a serem realizadas mensalmente em diferentes pontos da cidade, como foi decidido em assembleia do magistério municipal.

O presidente do Simp, Tiago Botelho, avalia que o atual momento da educação municipal é o ápice do prejuízo causado aos alunos e à comunidade. “Hoje estamos vivenciando várias escolas municipais sendo interditadas por problemas que o Simp e os colegas desde o ano passado apontavam. Todos esses problemas estruturais denunciados não eram vistos como prioridade pela Secretaria de Educação ou pela Prefeitura, e começamos, num movimento junto com os profissionais e com os pais, a exigir laudos periciais de engenheiros”, disse.

Além de problemas estruturais, que vêm sendo acompanhados pela reportagem do Diário Popular, Botelho cita a falta de profissionais nas escolas, funcionários que recebem salários abaixo do mínimo nacional e professores sem o reajuste salarial. “Isso tudo forma o combo da desestruturação da rede pública municipal”, pontua. Diretora do Simp e presidente do Conselho de Alimentação Escolar, Mônica Martins avalia que os problemas nas escolas se acentuaram de um ano para cá. “Não tem investimento em infraestrutura das escolas, não tem investimento na alimentação escolar, não tem investimento no material humano, que são os profissionais. A desvalorização total das escolas está acontecendo principalmente do último ano para cá”, comentou.

Os problemas das escolas são diversos, e vão desde o atraso de pagamentos à Escola Bilíngue Alfredo Dub, que é uma instituição filantrópica que depende do Município, até escolas interditadas por problemas estruturais. No caso da Escola de Ensino Fundamental Frederico Ozanan, o principal problema é a falta de profissionais. Faltam dez funcionários, entre secretários, monitores, merendeiras, professor auxiliar e auxiliar de educação infantil. Segundo a professora Priscila Bichet, esse déficit vem desde o começo do ano letivo. “Estamos com uma defasagem muito grande, que prejudica muito o nosso trabalho”, resume.

Embora a Frederico Ozanan não tenha sido interditada, também há problemas estruturais. “A gente tem vários problemas de goteira, quando tem muita chuva as salas ficam alagadas e tem que limpar pra poder ter aula”, diz a professora.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Em dez anos, RS perde 51% dos professores concursados Anterior

Em dez anos, RS perde 51% dos professores concursados

Processo eleitoral para a reitoria da UFPel vira palco de polêmicas Próximo

Processo eleitoral para a reitoria da UFPel vira palco de polêmicas

Deixe seu comentário