Atitude
Ausências em audiência sobre autismo geram desconforto na Câmara
Apenas uma vereadora esteve presente no evento na segunda-feira
Foto: Eduarda Damasceno - Câmara de Vereadores - Audiência pública foi aprovada previamente em plenário pelos vereadores
A ausência de vereadores em uma audiência pública sobre conscientização do transtorno do espectro autista (TEA) gerou repercussão negativa nas redes sociais. A reunião, realizada na manhã de segunda-feira (1°) em alusão ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado nesta terça-feira (2), teve apenas a presença da vereadora Miriam Marroni (PT).
Nas redes sociais, representantes de instituições e movimentos de acolhimento a pessoas com TEA criticaram a ausência dos parlamentares na audiência. "A semana do autismo sempre acontece na primeira semana de abril e em Pelotas a audiência é sempre na segunda feira. É previsível, possível deixar esse dia, essa semana reservada nas suas agendas", publicou Eliane Bitencourt, presidente da Amparho (Associação de Amigos, Mães e Pais de Autistas e Relacionados com Enfoque Holístico).
No começo da sessão desta terça, justificaram que ou não foram convidados para a audiência ou já tinham outras agendas marcadas previamente para a data. "Só não estavam aqui os vereadores porque não foram avisados, porque o requerimento não chegou nos gabinetes", registrou César Brisolara, o Cesinha (PSB).
Cesinha também criticou as publicações atribuindo interesses eleitorais, sem citar nomes. "Essa senhora, que muito foi homenageada nesta Casa, votamos a doação de um terreno [para associação], que tem um valor significativo, não pode dizer nas redes sociais que os vereadores não se importam com a causa autista. Isso não é verdade, é mentira, e só se propaga porque é ano eleitoral", disse.
O presidente da Câmara, Anderson Garcia (Podemos), cobrou o vereador Carlos Júnior (PSD), que propôs a audiência, por não ter informado os outros parlamentares sobre o evento. Carlos Júnior justificou que a audiência foi aprovada em plenário e que todos os vereadores tinham conhecimento dela, já que todos os anos se realizam audiências sobre o tema. "Todos os vereadores sabiam que tinha audiência, porque foi votada em plenário. Agora, se teve um erro de comunicação, a gente pede desculpas, mas não podemos levar para o lado político", disse o vereador, que é presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência da Câmara.
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