Três municípios da Zona Sul vivem na expectativa de ter seus quartéis ao Corpo de Bombeiros funcionando adequadamente: Canguçu, São Lourenço do Sul e Rio Grande. Cada um deles enfrenta um tipo de dificuldade, como obras iniciadas e interrompidas ainda no começo, por desistência de empresas e outras ainda nem saíram do papel.

No dia 20 de janeiro de 2022, São Lourenço do Sul assinou contrato e a ordem de serviço para ser iniciada a construção do quartel do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar. Com custo orçado em R$ 1.106.585,20, inteiramente a cargo do município, a previsão era de que o prédio estaria pronto no final deste ano. O que não vai acontecer.

O secretário Especial de Gabinete de São Lourenço do Sul, Cristian Iepsen, explica que a obra está em atraso em razão do período de chuva prolongado do inverno. “Será um pequeno atraso, bem menor do que poderia ter sido em virtude do mau tempo. Acreditamos que até metade de janeiro já estejamos com a inauguração da sede”, ressaltou. O Executivo prevê para o orçamento do ano da Secretaria Especial do Gabinete, a questão da aquisição do mobiliário. “Entendemos que isso também é importante”.

O novo prédio terá 606,04 metros quadrados, com garagem lateral para os dois caminhões de auto bomba tanque, mais duas viaturas leves (uma S10 para incêndio florestal e uma viatura administrativa), área administrativa, espaço para uma embarcação emprestada de Rio Grande, além de contar com uma sala de aula para projetos sociais como Bombeiro Mirim e palestras em geral.

A construção fica na avenida Sony Soares Corrêa, esquina rua Max Stenzel, para facilitar as saídas do caminhão e viaturas. O prédio, como explicou o secretário Iepsen, foi projetado inicialmente para abrigar o setor da agricultura familiar, mas o projeto não foi adiante, mesmo com as paredes erguidas. Então foi feito um Projeto de Lei para alterar a finalidade do espaço, com aprovação do Legislativo.

Canguçu
Com obra orçada em R$ 751.720,35, a construção do quartel dos Bombeiros, em Canguçu, teve contratempos com a empresa ganhadora da primeira licitação. A licitação ocorreu em 2021 e em dezembro iniciaram as obras. A empresa começou e, após 5% apenas dos trabalhos executados, não deu continuidade. Segundo o secretário de Ações Estratégicas, Mauro Silveira, “passou o período de contrato, houve o rompimento e foi feito um novo processo de contratação para executar a obra”.

Em fevereiro deste ano uma nova empresa iniciou a construção e tinha um prazo mínimo para concluir em agosto. O que também não aconteceu. Silveira acredita que ainda este ano o processo para contratação de uma nova empresa seja encaminhado. “Se isso acontecer, até a metade do ano que vem possivelmente já estaremos com a obra pronta.

Rio Grande
Em Rio Grande, os Bombeiros possuíam três quartéis: a sede no Centro, um no Cassino e outro no Trevo. Este último foi fechado em 2019. Para reativar, um repasse de R$ 300 mil, de emenda parlamentar do deputado federal Paulo Pimenta (PT), foi destinado para a reconstrução. O parlamentar encaminhou a emenda ao município em atendimento a uma solicitação realizada pelo representante da Associação dos Bombeiros, Alexandre Moura de Quadro, e do presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Maneco Hassen (PT).

O quartel do Trevo é estratégico. A reativação permitirá atender toda a indústria, a área portuária do município, além dos moradores do Parque Marinha, Parque São Pedro, Vila da Quinta e Povo Novo. O projeto para a reconstrução sofreu 14 apontamentos pela prefeitura, segundo Quadro. As correções foram feitas e agora o que se aguarda é a liberação para uma licitação. A emenda, de R$ 300 mil, no entanto, parece que não será suficiente. “Quando foi liberada conseguiríamos reconstruir. Mas agora, precisamos R$ 450 mil”, revelou. Há uma promessa de mais R$ 150 mil, para que a obra inicie. “A promessa foi sinalizada e estamos no aguardo”, frisa.