Editorial

A prevenção precisa ser levada a sério

A sexta-feira foi de tragédia e susto em dois casos de incêndio no Rio Grande do Sul. Enquanto o caso mais leve, registrado em Pelotas, teve apenas danos materiais, o outro causou a morte de dez pessoas em Porto Alegre. Os casos, embora aparentemente sejam completamente distintos, reforçam o alerta para a necessidade de se redobrar os cuidados com a prevenção de incêndios.

O sinistro ocorrido por volta das 11h no Residencial Sevilha, no bairro Três Vendas, por sorte não passou de um susto. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Pelotas, o fogo iniciou após um curto circuito em um ventilador de um dos quartos do apartamento. A moradora e seu filho, de apenas seis anos, saíram rapidamente e não se feriram.

Quem não teve a mesma sorte foram as dez pessoas que estavam em uma pousada - que recebia pessoas em situação de vulnerabilidade social - localizada na Avenida Farrapos, entre as ruas Garibaldi e Barros Cassal, no Centro de Porto Alegre. Segundo informações dos bombeiros, o fogo se alastrou rapidamente porque os quartos eram muito próximos. O Coordenador da Defesa Civil, inclusive, trabalha com a hipótese de incêndio criminoso.

Na tragédia ocorrida em Porto Alegre, ainda há o agravante de que além de não ter Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) protocolado, o local sequer tinha o respectivo alvará para atividade residencial. Uma sequência de erros inadmissíveis, ainda mais para uma hospedagem que havia renovado seu contrato com a Prefeitura de Porto Alegre no final do ano passado.

Tanto o caso de Pelotas como o da capital poderiam ter sido minimizados, ou até mesmo evitados. Embora não se saiba a real condição do ventilador, uma manutenção preventiva nos aparelhos elétricos poderia ter identificado o problema que causou o curto circuito que deu início ao fogo no apartamento das Três Vendas. Já quanto à Pousada em Porto Alegre, um caso clássico de falta de atenção do poder público que culminou com dez vidas perdidas. Duas histórias que poderiam sequer ter ocorrido, se os cuidados prévios com a prevenção de incêndio tivessem sido seguidos à risca.​

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