Por que não?

Ausência de pórtico mostra que Pelotas explora pouco suas referências

São Lourenço do Sul, Gramado Venâncio Aires e Bento Gonçalves são exemplos que poderiam ser seguidos

Carlos Queiroz -

Chegadas e partidas, a todo momento, são características da cidade universitária. Pelotas, que possui diversos elementos históricos responsáveis por valorizar e acolher seus cidadãos, usufrui não só de um, mas de cinco acessos. Diferentemente do que se percebe em cidades como São Lourenço do Sul, Gramado, Venâncio Aires e Bento Gonçalves, por exemplo, a Princesa do Sul não possui um pórtico. Ela também não exalta em suas entradas seus motivos de orgulho - como ser a capital nacional do doce, referência na produção de pêssego ou dona de um centro histórico que encanta quem o visita. Algo que pode ser modificado com um projeto que vem sendo discutido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, com expectativa de execução prevista para este ano.

O rumo de quem chega ou se despede do município tem se tornado mais seguro com a construção de viadutos e reformas estruturais nas estradas, mas há tempos a população se questiona sobre a aparência do ambiente ao acessá-la pelas Três Vendas, Fragata, Simões Lopes e outras duas localidades. Segundo o secretário Fernando Estima, a questão já foi foco de reuniões com o prefeito Eduardo Leite (PSDB) e com a Secretaria Municipal de Cultura (Secult). Estima explica que o ideal é aguardar o término das obras dos acessos, como na estrada que vai em direção a Rio Grande, para que se tenham caminhos qualificados. A partir disso, o propósito é adequar totens artísticos que valorizem o que a cidade tem de melhor. “Temos a ideia do totem como uma diretriz, sem esquecer dos elementos da cidade”, ressalta.

Para destacar o turismo cultural, a secretaria pretende, em parceria com o curso de Arquitetura da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), elencar quais dos cinco aspectos positivos merecem ser transformados em monumentos, a fim de aplicá-los nos extremos do município: as charqueadas, o arroz, o doce, o pêssego ou o Centro Histórico. Com este fim, a relação com a Secult foi consolidada para a abertura de um concurso público, ainda no mês de fevereiro.

Alguns moradores de cidades vizinhas se acostumaram com o fato das entradas serem como são. Para o caminhoneiro Gustavo Cruz, de Jaguarão, ter ou não um pórtico, por exemplo, é indiferente. Já Ivanildo Oliveira, morador do município de Capão do Leão, questiona: “se até cidades menores têm entradas com arcos, Pelotas, que é grande, não tem por quê?”. Exemplo disso é o arco que dá as boas-vindas a quem chega a São Lourenço do Sul, instalado em dezembro de 1981. Gramado possui identificação nos acessos para Três Coroas, assim como Nova Petrópolis, cuja colocação remete a um período entre 15 e 20 anos atrás.

 

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