Faltam 24 dias

Como chegam os africanos para a Copa do Catar?

As cinco seleções terão treinadores nascidos no continente e vão tentar repetir a melhor campanha da história: chegar às quartas de final

Pela primeira vez na história das Copas do Mundo, todas as seleções africanas participantes serão dirigidas por treinadores nascidos no continente. E essa representatividade é um dos trunfos de Senegal, Gana, Camarões, Marrocos e Tunísia para ao menos repetir a melhor campanha da história da África no torneio: chegar às quartas de final.

Faltando 24 dias para o início de mais um Mundial, o DP traz nesta matéria um resumo do que os cinco países africanos podem apresentar no Catar a partir do dia 20.

Senegal

Atual campeão da Copa Africana de Nações, Senegal chega a esta Copa como seleção mais forte do continente. Comandados pelo mesmo técnico do Mundial de 2018, o ex-jogador Aliou Cissé, os "Leões de Teranga" têm grandes referências jogando em alto nível na Europa.

O expoente técnico é Sadio Mané, segundo colocado na última premiação da Bola de Ouro. Após se transferir do Liverpool ao Bayern de Munique, o atacante já registra dez gols na temporada _ um deles ontem, contra o Barcelona. O goleiro Mendy e o zagueiro Koulibaly também são destaques da equipe, que na Copa da Rússia caiu ainda na fase de grupos.

Agora, Senegal integra o grupo A, ao lado do anfitrião Catar, do Equador e da Holanda. Dá para sonhar com uma classificação às oitavas.

Gana

O técnico Otto Addo será o responsável por guiar os ganeses na campanha de retorno a um Mundial depois de uma edição de ausência. Sonhar com chegar perto da semifinal, como aconteceu em 2010, quando a seleção perdeu para o Uruguai nos pênaltis, em jogo épico nas quartas, parece difícil, mas o time tem bons valores.

O volante Thomas Partey, do Arsenal, é o grande pilar de Gana. O experiente atacante André Ayew irá para sua terceira Copa. E há jovens promissores como o meia-atacante Mohammed Kudus, do Ajax.

Para tentar superar o complicado grupo H, formado ainda por Portugal, Uruguai e Coreia do Sul, os ganeses têm os reforços dos atacantes naturalizados Iñaki Williams, do Athletic Bilbao, da Espanha, e Callum Hudson-Odoi, revelado pelo Chelsea e recentemente transferido ao Bayer Leverkusen.

Camarões

Adversários da Seleção Brasileira na chave H, ao lado de Sérvia e Suíça, os tradicionais "Leões Indomáveis" não carregam a mesma pompa de outrora. Dirigido pelo técnico Rigobert Song, Camarões se garantiu na Copa com drama, graças a um gol do atacante Toko Ekambi nos acréscimos da prorrogação diante da favorita Argélia.

Além de Ekambi, as referências técnicas são o companheiro de ataque Eric Choupo-Moting, do Bayern de Munique, e o goleiro André Onana, da Inter de Milão. Camarões não jogou a última edição, e em 2014 e 2010 caiu nos grupos. A melhor campanha foi a histórica de 1990, quando o veterano Roger Milla liderou a equipe até as quartas de final.

Marrocos

Os "Leões do Atlas" mudaram recentemente de treinador. Saiu o polêmico Vahid Halilhodzic, que apesar de ter classificado Marrocos para o Mundial não convocava o craque Hakim Ziyech, do Chelsea, e chegou Walid Regragui. Assim, Ziyech está de volta à seleção para formar parceria com o lateral Achraf Hakimi, titular do PSG.

Disputando no Catar a segunda Copa depois de fazer boas partidas em 2018 contra Espanha e Portugal na fase de grupos, os marroquinos terão a missão de encarar as favoritas da chave F, Bélgica e Croácia _ o Canadá é o outro rival.

Tunísia

Pela segunda edição seguida no Mundial, os tunisianos não despertam tanta atenção. A eliminação na fase de grupos em 2018 tende a se repetir no Catar. As "Águias de Cartago" estão na chave D ao lado de França, Dinamarca e Austrália. O técnico é Jalel Kadri, que assumiu o cargo em janeiro e participou da vitória na repescagem sobre Mali.

No elenco não há nenhum atleta jogando em grandes clubes europeus. O expoente técnico é o meia-atacante Wahbi Khazri, que está na segunda divisão francesa pelo Saint-Étienne.


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