Cambuci e Léo Gaúcho se firmam como dupla titular
Zagueiros jogaram as duas partidas do Pelotas contra o São Gabriel e devem seguir diante do Lajeadense, neste domingo (22)
Xavante busca manter evolução com Jerson Testoni e permanecer com uma sequência positiva na competição diante do time baiano neste sábado
Por: Vinícius Guerreiro
vinicius.guerreiro@diariopopular.com.br
Ao Vitória e Brasil só restam vitórias para não estarem juntos na Série C do Brasileiro de 2022. O duelo dos desesperados ocorre neste sábado, às 16h30min no Barradão, pela 31ª rodada da Série B do Brasileirão. Enquanto o Xavante segue na lanterna da competição, a 14 pontos de sair da zona de rebaixamento, os baianos ocupam a 18ª posição com 29 pontos, nove a mais que o time pelotense.
Confira a análise pré-jogo de Vitória e Brasil.
Em contrapartida à situação na tabela de classificação, as duas equipes vivem um momento de crescimento na temporada. Situação que projeta uma partida interessante no Barradão neste sábado à tarde. O Xavante vem de dois jogos sem perder e somou com Jerson Testoni, em quatro partidas, os mesmo quatro pontos que Cléber Gaúcho em 11 jogos. O único desfalque do time gaúcho é o zagueiro Ícaro, suspenso pelo terceiro cartão.
Já os rubro-negros nordestinos venceram duas partidas seguidas. O Sampaio Corrêa na última rodada da Série B e nesta semana o Itabaiana pela Copa Nordeste. O técnico Wagner Lopes não poderá contar com Manoel, machucado.
Com 19 gols marcados na competição nacional, o Vitória só está à frente do próprio Brasil em bola na rede adversária. O ataque tem sido o grande problema dos baianos na temporada, enquanto a defesa se mantém sólida durante a competição com apenas 26 gols sofridos. Os nordestinos contam com quinta melhor defesa da Série B.
Porém, não é pela falta de padrão ofensivo, pelo menos sob o comando de Wagner Lopes, que o Vitória marca poucos gols. As ideias do treinador são claras a partir de um 4-3-3 com o conceito de um jogo apoiado por dentro e chegada pelos lados para cruzar. A equipe ataca mais na variação do 3-4-3 com João Pedro entre os zagueiros, Bruno e Eduardo como meias à frente e bastante amplitude com os laterais e pontas variando o corredor.
A questão principal é a falta de acerto técnico do trio ofensivo Manoel (que está fora da partida), Marcinho e Roberto. Apesar de entenderem e executarem os movimentos pedidos pelo treinador, acabam errando muito na hora da tomada de decisão e do gesto técnico.
A solidez ofensiva da equipe passa por um tripé jovem. João Pedro (23), Eduardo (21) e Bruno (22) são responsáveis pela articulação central da equipe. Todos possuem boa qualidade técnica com a bola e capacidade de jogo curto ou longo. As diagonais são bastante utilizadas pelo Vitória a partir de João Pedro para quem estiver em amplitude.
Os meias Eduardo e Bruno conseguem boas conexões e buscam se aproximar para dar linha de passe aos companheiros. O primeiro como mais como um volante organizador e o segundo buscando pisar mais no ataque.
O Vitória é o segundo time que menos sofre finalizações na Série B. Esses números passam diretamente pela compactação da equipe, concentração e atuações individuais de João Pedro. O primeiro volante é fundamental na ocupação de espaços e tem ótima capacidade de vencer os duelos defensivos.
Posicionado no 4-4-2, os baianos marcam de uma maneira posicionada com perseguições curtas. Os adversários encontram dificuldades para finalizar, talvez o maior espaço seja nas transições defensivas e na disputa de segunda bola no meio de campo. O time tenta uma pressão pós-perda, mas não é muito eficiente.
Dentre as análises prévias dos adversários que o Diário Popular tem trazido para o leitor, pode-se afirmar que o Vitória é uma das equipes com menos falhas coletivas. Há janelas entre laterais e zagueiros, mas que são supridas rapidamente pelos volantes em perseguições a quem ataca esses espaços.
O ponto frágil da equipe, é ser pressionado na saída de bola. Apesar de tentar jogar, os baianos vêm sofrendo com gols ao perderem a bola no campo de defesa.
Os números frios indicam um jogo de poucos gols. Mas, os dois times vêm subindo de produção ofensiva. O Xavante deverá dar continuidade no jogo de pressão pós-perda e de pressionar o portador da bola. É preciso observar se o rubro-negro pelotense conseguirá manter a postura dos jogos no Bento Freitas. Afinal, no único jogo fora de casa com Jerson Testoni, a equipe teve uma atuação muito passiva diante do Cruzeiro.
Os donos da casa não têm saída. Precisam tentar controlar o jogo a partir da posse para seguirem na luta contra o rebaixamento. Isso deixará espaço para o Xavante contra-atacar.
A marcação alta que Jerson Testoni tenta implementar no Brasil pode ser a chave para uma vitória. Os baianos erraram contra Goiás e Confiança na saída e sofreram gols no início das partidas. Outra estratégia é manter o ritmo alto na pressão ao portador da bola e aproveitar o jogo de segunda bola para dominar o meio de campo, já que Eduardo e Bruno são técnicos, mas ainda frágeis fisicamente nos duelos corpo a corpo.